A cantora Gabi Melim afirmou por meio de suas redes sociais que foi diagnosticada com Paralisia de Bell. Segundo a artista, a condição surgiu por conta da ansiedade. Ela compartilhou uma foto do curativo em um dos olhos e tranquilizou fãs, afirmando que está sendo cuidada por médicos e também que está tomando remédios e fazendo fisioterapia facial.
“Mores, fui diagnosticada com paralisia de Bell, por conta de ansiedade. O lado direito do meu rosto não mexe, a vista não fecha. Mas já estou sendo cuidada por médicos maravilhosos, sendo medicada e fazendo fisioterapia facial. Vou atualizando vocês por aqui, e qualquer vibração positiva é muito bem-vinda”, escreveu.
Distúrbio
A paralisia de Bell é um distúrbio que provoca paralisia dos músculos de um dos lados do rosto e faz com que a pessoa tenha dificuldade para realizar movimentos simples, como franzir a testa, erguer a sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e mostrar os dentes. A paralisia pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, mas incidência costuma ser maior depois dos 40 anos.
Ela se instala em virtude de uma reação inflamatória envolvendo o nervo facial, que incha e fica comprimido dentro de um estreito canal ósseo localizado atrás da orelha. Essa alteração o impede de transmitir os impulsos nervosos para os músculos responsáveis pela mímica facial, provocando incapacidade funcional e assimetria da expressão.
Causas
O quadro pode ter causas metabólicas como o diabetes mellitus, pré-eclâmpsia, acidente vascular cerebral (AVC), infecções virais como o vírus da influenza e outras doenças infecciosas. Estresse, fadiga extrema, mudanças bruscas de temperatura, baixa da imunidade, tumores e traumas, distúrbios na glândula parótida também estar envolvidos no aparecimento da doença.
Ainda não foi identificada a causa exata da paralisia de Bell. No entanto, os estudos sugerem que o quadro pode estar correlacionado com uma infecção por bactérias (doença de Lyme) ou vírus que atingem o nervo facial, tais como o vírus do herpes simples (labial e genital), e do herpes zóster (catapora/varicela), o Epstein-barr (mononucleose), o citomegalovírus, o adenovírus e os vírus da rubéola e da gripe.
Ao que tudo indica, os casos se tornam mais frequentes em pessoas com história familiar da doença, durante o terceiro trimestre da gravidez e na primeira semana após o parto, nas pessoas com diabetes e nos casos de infecções respiratórias, como gripes e resfriados.
Tratamento
A paralisia de Bell geralmente se resolve por conta própria em seis meses. A fisioterapia pode ajudar a impedir que os músculos se contraiam de forma permanente. Além dos exercícios, ao longo da recuperação, o paciente pode ser orientado ao uso de medicamentos e fonoaudiologia. Não existe, entretanto, uma conduta terapêutica padrão para a doença.
Como é provável que a causa seja uma infecção, em geral, a paralisia de Bell não pode ser evitada. Como ela pode estar ligada a diversos vírus, não há forma conhecida para a prevenção da doença.