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“Parceria” da ANS pode render milhões aos planos

Artes do serpentário. (Foto: Enio)

A ANS se posicionou a favor do que pleiteiam as operadoras de saúde na discussão sobre que procedimentos devem ser cobertos por planos. A agência defende que o rol deve ser taxativo, quando apenas aqueles tratamentos devem ser cobertos, em vez de exemplificativo, quando, a rigor, a lista serve de guia com mínimo a ser custeado pelas empresas. A posição gerou críticas de especialistas, para quem o rol da ANS não exclui outras terapias e que se deve “respeitar a prescrição médica”.

Discurso antigo

A ANS se apoia em legislação do século passado para tirar o corpo fora e alega que um rol exemplificativo vai gerar aumento no valor dos planos.

Outro erro

Para a Defensoria Pública da União, o STJ falha ao aceitar os embargos e não “comunicar à sociedade que discutiria um tema tão relevante”.

Lista exemplificativa

Para a advogada Francine Barreto, é impossível acompanhar o avanço da medicina. “Por isso, o rol da ANS fixaria apenas a cobertura mínima”

Economia da morte

Sobre as ações contra planos na justiça ela lembra que “mais de 50% são de negativas de cirurgias, exames e medicamentos de alto custo”.

Congresso já gastou R$ 240 milhões em 2022

O “custo” dos 594 parlamentares federais (513 deputados e 81 senadores) ao pagador de impostos, este ano, já chega a R$ 240 milhões, segundo as próprias casas legislativas, Senado e Câmara. O maior gasto é com a verba de gabinete da Câmara, que representa quase metade do total gasto, R$110 milhões, mas a mesma rubrica no Senado supera os R$60 milhões, apesar de ter bem menos integrantes.

Vergonha custa caro

A excrescência da “cota parlamentar”, que paga de pedágio e sorvete a consultorias para lá de suspeitas, consumiu cerca de R$ 23 milhões.

Crise passa longe

O custo com salários foi de mais de R$40 milhões apenas nos dois primeiros meses do ano. Cada parlamentar recebe R$33.763 mensais.

Minha mansão, minha vida

Apesar do alto salário, a moradia das excelências também é por nossa conta. Entre auxílio e apartamentos funcionais, são mais R$ 2 milhões.

Clima de março

Em março, com o início do horário na TV e no rádio reservado a partidos, PDT, MDB, PT, PSB, Patriota, PSC, MDB, Avante, Psol, PcdoB e PROS vão defender suas teses políticas. No mês, vantagem para a oposição.

Reforço avança

De acordo com o balanço da vacinação da Rede Nacional de Dados de Saúde, do Ministério da Saúde, até agora já foram aplicadas no país cerca de 51 milhões de doses de reforços.

Sem a menor urgência

O relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) dobrou de 20 para 40 anos o tempo de transição da adoção do IBS, imposto único, que é a principal mudança da reforma tributária.

Lucro histórico

O BNDES apresentou lucro líquido recorde de R$ 34,1 bilhões em 2021, segundo o próprio banco público de fomento, um crescimento de 65% em relação a 2020. É o maior lucro do BNDES da série histórica.

Empresas endividadas

A inadimplência entre as empresas brasileiras cresceu e atingiu 6 milhões de pessoas jurídicas em janeiro de 2022, um aumento de 1,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Serasa Experian.

Ainda é cedo

Além de lamentar o ataque à Ucrânia, a Associação Nacional para a difusão de Adubos (Anda) diz que ainda é cedo para avaliar impactos das sanções internacionais impostas à Rússia na cadeia alimentar.

Quem manda é Joe

Os líderes europeus, incluída a Otan, falam grosso contra a Rússia, mas, apesar da pose, quem os conduz é o presidente norte-americano Joe Biden, que luta desesperadamente para reverter a reprovação nas ruas.

Criptomoedas

Projeto aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado diz que criptomoedas, como bitcoin, não são valores mobiliários sujeitos à regulação da CVM, salvo casos de oferta pública no mercado financeiro.

Pensando bem…

… curiosa a contradição de quem dificulta a compra de armas no Brasil, mas elogia as armas na Ucrânia.

PODER SEM PUDOR

Artes do serpentário

O falecido embaixador Antônio Correia do Lago, competente e discreto, jamais usou o sogro Oswaldo Aranha para subir na carreira. Mas outro genro diplomata de Aranha, Sérgio Correia da Costa, fez o sogro pedir sua promoção ao presidente JK, naquele final dos anos 50.
“Me traz o ato do genro do Oswaldo Aranha”, ordenou Juscelino Kubitscheck ao diplomata Antônio Azeredo da Silveira, seu assessor. “Qual deles?” perguntou Silveirinha, matreiro. “Ora, o Correia”, respondeu JK, sem saber ambos tinham Correia no sobrenome, nem que seu assessor detestava Sérgio, o real beneficiário. Assim, Antônio acabou promovido – pelas artes e manhas de Silveirinha.

(Com colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)

 

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