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Parceria público-privada dos aeroportos de Passo Fundo e Santo Ângelo tem leilão adiado

Vencedor da disputa administrará as duas unidas durante 30 anos. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Passo Fundo)

O governo do Rio Grande do Sul adiou de 20 de junho para 1º de agosto o leilão da parceria público-privada (PPP) dos aeroportos Lauro Kortz, em Passo Fundo (Região Norte), e Sepé Tiaraju, em Santo Ângelo (Noroeste). Motivada pelos transtornos das enchentes, a medida consta na edição dessa quarta-feira (12) do Diário Oficial do Estado.

A sessão será realizada na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Já a entrega dos envelopes por interessados está marcada para a manhã de 25 de julho. O certame tem por objetivo definir a empresa responsável pelo funcionamento, manutenção e ampliação da capacidade da infraestrutura, que conta com dois terminais de embarque e desembarque.

Caso haja mais de um candidato, vencerá quem oferecer o maior desconto do aporte público. No contrato da PPP está prevista a gestão dos terminais por 30 anos, mediante contrapartidas como a obrigatoriedade de um investimento superior a R$ 101 milhões nas duas unidades.

“O adiamento reflete o interesse despertado pela iniciativa e a necessidade de se assegurar que todos tenham as condições adequadas para uma participação competitiva”, frisou o secretário estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. “Estamos otimistas com o recebimento de propostas por empresas qualificadas e que contribuirão para o desenvolvimento do setor aeroportuário do Estado.”

Salgado Filho

Em Porto Alegre, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) acompanharam uma comitiva de deputados estaduais e federais gaúchos em visita ao Aeroporto Internacional Salgado Filho (Zona Norte). Também compareceu o presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier.

O grupo foi recepcionado pelo presidente-executivo da Fraport Brasil, Andreea Pal, que mostrou os danos causados à infraestrutura pela enchente de maio. Dentre as instalações severamente atingidas estão as áreas de embarque e desembarque, salas internas e a pista de pousos e decolagens, tudo submerso durante várias semanas.

Na avaliação da concessionária de origem alemã, são necessários ao menos R$ 300 milhões em investimentos para que o aeroporto volte a funcionar. Uma previsão é de retomada em dezembro, o que significa mais seis meses de paralisação. O titular da Sedec, Ernani Polo, ressaltou a preocupação geral com esse longo período de espera:

“A apreensão é grande, inclusive em relação à economia de um modo geral, afinal pelo aeroporto chegam empresários, executivos, políticos e turistas. Estamos unindo esforços junto ao governo federal para criar as melhores condições possíveis. O objetivo é que a retomada seja a mais rápida possível, mas ainda estão sendo feitas avaliações técnicas para que tenhamos um prazo mais exato”.

(Marcello Campos)

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