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Paris 2024: “Homem aranha” invade gramado na decisão do futebol feminino dos Jogos Olímpicos

Ele foi retirado carregado pelos seguranças. (Foto: Reprodução)

Um homem invadiu o gramado nesse sábado (10) antes da decisão do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris entre Brasil e Estados Unidos. O invasor foi retirado pelos seguranças. Com máscara do “Homem aranha”, o torcedor entrou correndo no gramado enquanto as jogadoras se preparavam para começar o jogo.

A transmissão, como de costume, cortou a cena e não mostrou ao vivo. Brasil e Estados Unidos se enfrentaram na decisão de uma Olimpíada pela terceira vez na história. Em Atenas 2004 e Pequim 2008, as norte-americanas venceram e ficaram com o ouro. Em Paris, não foi diferente: A Seleção Brasileira ficou com a medalha de prata.

Não faltaram dedicação e suor. Nos Jogos Olímpicos das mulheres, as do futebol feminino defenderam com garra a oportunidade construída. Após duas vitórias heroicas no mata-mata, o grupo repetiu nesse sábado, no Parque dos Príncipes, o melhor resultado da história do nosso futebol feminino. Dezesseis anos depois da última final, novamente conquistamos a prata, a 19ª medalha do Brasil em Paris 2024.

A medalha foi forjada numa classificação dura na fase de grupos, seguida por triunfos maiúsculos sobre a França, nas quartas de final, e sobre a atual campeã mundial Espanha, com direito a goleada nas semifinais. Na decisão, melhor para os Estados Unidos, agora pentacampeões olímpicos, por 1 a 0, gol de Mallory Swanson.

Agora o Brasil soma 10 medalhas no futebol olímpico. Além da prata desta edição, as mulheres foram vice-campeãs em Atenas 2004 e Pequim 2008. O masculino, que não se classificou para estes Jogos, soma sete, sendo campeão na Rio 2016 e em Tóquio 2020.

O Brasil começou com a mesma postura que apresentou diante da Espanha, pressionando a saída de bola americana. A primeira finalização, após uma roubada de bola, veio dos pés de Ludmilla. Os Estados Unidos não se encolheram e também passearam pela nossa área com perigo. Aos 15, Ludmilla invadiu a área em jogada individual e marcou, mas o lance foi corretamente anulado por impedimento.

As americanas tentaram surpreender com transições rápidas e encontraram espaço na nossa defesa. Em duas cobranças de escanteio tentaram cobranças direto para o gol na esperança de o sol ofuscar a visão de Lorena. Do lado brasileiro, as oportunidades foram empilhadas.

Houve queixa de pênalti, jogadas por ambos os lados e boas construções coletivas. Por duas vezes Ludmilla triscou de cabeça e quase marcou. Nos acréscimos, Gabi Portilho obrigou Naeher se esticar toda para manter o placar zerado. Foram várias bolas cruzando a área americana. Faltava alguém empurrar para o gol.

Na volta do intervalo, o jogo recomeçou truncado, e Yaya precisou ser substituída por Ana Vitoria. Aos 11 minutos, após passe errado de Lauren, um banho de água fria. Em contra-ataque fulminante, no limite do impedimento, Mallory Swanson invadiu a área e abrir o placar para os Estados Unidos.

Arthur Elias colocou em campo Angelina, Priscila e Marta nas vagas de Duda Sampaio, Ludmilla e Jheniffer. Os EUA cresceram em espaços que se abriram no meio e pressionaram a meta brasileira.

Após a pausa para a hidratação o Brasil ensaiou uma postura mais ofensiva, mas Lorena foi a goleira que seguiu trabalhando mais. Arthur Elias fez a última substituição com Rafaella no lugar de Lauren. Marta teve chance na bola parada, mas a oportunidade mais perigosa, uma cabeçada de Adriana, parou na boa defesa de Naeher. A seleção acreditou, lutou, mas o placar permaneceu igual. Ainda assim, o pódio era motivo de muito orgulho. Dezesseis anos depois, a seleção feminina de futebol retornou ao pódio olímpico.

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