Ícone do site Jornal O Sul

Paris 2024: lenda da ginástica, Simone Biles volta ao topo após bloqueio mental em Tóquio

Simone Biles voltou ao topo do pódio do individual geral na Olimpíada de Paris. (Foto: Divulgação)

Simone Biles voltou ao topo do pódio do individual geral na Olimpíada de Paris. Ouro também na Rio 2016, a norte-americana de 27 anos conquistou o bicampeonato em Paris, nessa quinta-feira (1°). Um feito raro. A ginasta se juntou a outras duas lendas da modalidade que ganharam dois ouros na prova: a soviética Larisa Latynina e a tcheca Vera Caslavska, maiores medalhistas olímpicas da ginástica feminina. Nenhuma atleta na história conseguiu o tricampeonato.

Biles somou 59.131 pontos, contra 57.932 da brasileira Rebeca Andrade, que levou a prata, e 56.465 da americana Sunisa Lee, ganhadora do bronze.

A final individual geral reúne os quatro aparelhos da ginástica artística feminina: salto, barras assimétricas, trave e solo. É a prova mais tradicional da modalidade, a que define a número 1 do mundo. É também a mais difícil de se manter no topo. Desde 1968 uma ginasta não ganhava o bi do individual geral. Uma escrita quebrada por Simone Biles nessa quinta, o que dá a dimensão do tamanho do feito.

Simone já era favorita ao bicampeonato nos Jogos de Tóquio. Na ocasião, ela se classificou para a final na primeira posição, mas desistiu de disputar a medalha depois de sofrer com os twisties dois dias antes, na decisão por equipes. Ficaram no passado os perigosos bloqueios mentais que atrapalharam a consciência corporal durante as acrobacias. Em Paris, a americana escreveu sua história de volta ao topo.

Com o título em Paris, Simone estendeu o domínio dos Estados Unidos na prova. Desde Sydney 2000, quando a romena Simona Amanar foi campeã, só as americanas são coroadas a número 1 do mundo: Carly Patterson (Atenas 2004), Nastia Liukin (Pequim 2008), Gabby Douglas (Londres 2012) e Sunisa Lee (Tóquio 2020), além de Simone (Rio 2016 e Paris 2024).

Simone Biles já entrou em Paris como a pessoa mais condecorada da história da ginástica artística. Ela agora tem 30 medalhas em Mundiais (23 de ouro) e nove em Olimpíadas (seis de ouro). Assim como Rebeca Andrade, a americana ainda vai disputar mais três finais por aparelhos em Paris: salto, trave e solo.

Após a disputa, Biles não mediu palavras para elogiar Rebeca Andrade, e admitiu, em tom de brincadeira, que está “cansada de competir” com a brasileira, que segundo ela, é “fenomenal”.

“Eu não quero competir com a Rebeca mais, estou cansada (risos). Ela está muito perto, nunca tive uma atleta tão perto de mim, tive que fazer o meu melhor. Estou empolgada e orgulhosa de competir com ela. Eu sei como ela é uma atleta fenomenal, tivemos pontuações muito parecidas, então eu tive que fazer meu melhor em cada aparelho”, disse. As informações são do site GE e do jornal O Globo.

Sair da versão mobile