Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2024
O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, informou nessa segunda-feira (29) que um homem foi preso suspeito de participar do ataque a rede de trens de alta velocidade do país no dia da cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris.
Sabotadores atingiram a rede na sexta-feira (26), com ataques antes do amanhecer em subestações de sinalização e cabos em pontos críticos, causando caos nas viagens horas antes da solenidade. Mais de 800 mil pessoas foram afetadas. Após o ataque, a segurança ao longo da rede de trens de alta velocidade, que compreende 28 mil km, foi reforçada.
Segundo o ministro, o suspeito é ligado à extrema-esquerda e foi detido em um “local ferroviário” em Oissel, no noroeste da França. “Identificamos o perfil de várias pessoas. Esse é o tipo tradicional de ação da ultraesquerda”, afirmou à France 2 TV.
Darmanin ainda disse que a sabotagem tinha as marcas registradas de grupos de extrema-esquerda. No entanto, comentou que não se deve tirar conclusões precipitadas porque os autores do crime podem ter sido manipulados.
A agência de notícias AFP, citando fontes policiais, informou que o homem tinha chaves de acesso às instalações técnicas da rede de trens, ferramentas e literatura de extrema-esquerda.
Outros atos
O ataque às linhas de trem se soma a uma série de ações coordenadas registradas durante os Jogos Olímpicos. O ministro afirmou que as autoridades também prenderam preventivamente 45 ativistas climáticos do grupo ambiental Extinction Rebellion neste final de semana. Segundo a polícia francesa, o grupo planejava ocupar uma ponte sobre o rio Sena, em Paris, como forma de protesto.
Em outro incidente, a polícia disse que as redes de fibra óptica de várias operadoras de telecomunicações foram “sabotadas” em seis áreas da França na madrugada dessa segunda-feira. No sul do país, por exemplo, os cabos que conectam a rede foram cortados. As empresas SFR e Bouygues Telecom foram as principais afetadas.
Uma fonte policial envolvida na investigação, porém, afirmou que era “muito cedo para dizer” se havia uma ligação do ataque à rede de trens com os atos de vandalismo ocorridos durante a noite contra a rede de telecomunicações do país.
Nos últimos anos, a França tem sido alvo de ataques principalmente de militantes islâmicos, mas os serviços de segurança têm se preocupado cada vez mais com grupos de extrema-esquerda ou anarquistas, que normalmente se opõem ao Estado e ao capitalismo. As informações são do portal de notícias Terra e da agência de notícias Reuters.