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Parte do ouro roubado no aeroporto de Guarulhos era de uma mineradora com sede em Minas Gerais

Criminosos entraram no aeroporto disfarçados de agentes da Polícia Federal e levaram 718 quilos do metal. (Foto: Reprodução de TV)

Parte dos 718,9 quilos de ouro roubados do terminal de cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última quinta-feira (25), foi extraído de uma mina em Paracatu, Noroeste de Minas, pertencente à mineradora canadense Kinross. A quantia específica ou percentual não foram revelados.

A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da empresa na manhã de terça-feira (30). Em nota enviada ao portal de notícias G1, a empresa informou que o montante de ouro roubado na ação estava em trânsito para terceiros.

“A expectativa é que o valor do ouro pertencente à Kinross seja coberto pela seguradora de nosso provedor de transporte. Investigações estão sendo conduzidas pelas autoridades brasileiras a respeito do incidente. Isso é tudo o que podemos confirmar até o momento”, finaliza o comunicado.

No roubo, um grupo de homens fortemente armados disfarçados de policiais federais invadiu o terminal e roubou uma quantidade do metal precioso avaliada em US$ 29,2 milhões (cerca R$ 110,2 milhões), segundo a Polícia Civil.

Até agora, três suspeitos foram presos. Gorros e luvas foram encontrados em estacionamento usado por quadrilha que roubou ouro.

O G1 questionou a mineradora sobre medidas de segurança adotadas e também se outros casos parecidos já foram registrados e aguarda retorno.

Transportadora

A transportadora citada pela Kinross é a americana Brinks que, em um comunicado a clientes, afirmou que “as autoridades de alguns aeroportos do país estabelecem restrições ao emprego de vigilância armada”, e que “não tem autonomia para definir as condições em que determinadas operações são realizadas”.

O comunicado da Brinks diz, ainda, que “em face dos níveis crescentes das atividades criminosas do país, se vê obrigada a interromper temporariamente suas operações em determinados aeroportos”.

Caso

Oito homens entraram no aeroporto com duas viaturas clonadas da Polícia Federal, sem placas, uma modelo Triton e a outra, uma Pajero Dakar. Eles estavam com roupas de policiais federais, distintivos, encapuzados, com pistolas, fuzil e carabinas.

Segundo informações da polícia, um carro ficou na portaria e o outro entrou no terminal de cargas. Câmeras de segurança registraram a ação dentro do terminal.

Os criminosos mantiveram o encarregado de despacho e a família dele refém na noite anterior e assim tiveram acesso a informações privilegiadas.

Após a fuga, as viaturas clonadas foram abandonadas no Jardim Pantanal, na Zona Leste de São Paulo, os ladrões entraram em uma caminhonete S-10 e utilizaram uma ambulância para transporte da carga roubada.

A carga estava indo para Toronto, no Canadá, e Nova York, nos Estados Unidos. Inicialmente foi informado que os criminosos levaram 750 kg de ouro. O boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, porém, indica que o total roubado foi de 718,9 kg do metal.

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