Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2025
O partido Novo iniciou uma nova campanha com o objetivo de aumentar seu número de filiados, utilizando como argumentos principais o fato de ser a sigla mais à direita do Brasil e o que mais faz oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ao mesmo tempo em que alfineta o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O Novo está à frente de partidos que se diziam como de direita, como PL, Patriota e União Brasil”, afirma um texto publicado no site da legenda na última sexta-feira (7). Para sustentar esse argumento, o partido se baseia no GPS partidário, uma ferramenta da Folha de S.Paulo que mede a ideologia dos partidos políticos no Brasil. A utilização dessa ferramenta visa reforçar a posição do Novo como um partido verdadeiramente alinhado com a direita, em contraste com outras siglas que, segundo o partido, falham em se manter coerentes com esse posicionamento.
A “cutucada” no PL ocorre após uma recente troca de farpas entre as duas siglas, que se enfrentaram na disputa pelas presidências da Câmara e do Senado. O Novo, em sua estratégia, lançou candidatos próprios para os cargos, enquanto o PL, partido de Bolsonaro, apoiou nomes do Centrão, que são tradicionalmente associados à prática política de alianças com o governo de turno. “Tanto o PL quanto o PT e o Centrão apoiaram as candidaturas de Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB) para as respectivas Casas legislativas”, diz o texto no site.
Em sua crítica, o Novo afirma que tanto Alcolumbre quanto Motta “votaram com o governo Lula em mais de 80% das vezes, se comprometeram em não investigar os abusos do STF e defendem a regulamentação, ou melhor, a censura das redes sociais”. Por outro lado, o partido destaca que seus parlamentares votaram “95% das vezes contra projetos defendidos pelo governo Lula”, tentando evidenciar seu compromisso com a oposição ao atual governo e sua postura mais rígida em relação aos temas centrais da política nacional.
Além disso, o Novo se posiciona como o partido que encampa o espírito da Lava-Jato, citando como um de seus quadros o ex-procurador-chefe da operação, Deltan Dallagnol. O partido também reforça seu compromisso com a Lei da Ficha Limpa, destacando que todos os seus candidatos devem cumprir os requisitos dessa legislação. Isso é ainda mais relevante em um momento em que Bolsonaro tem defendido a revogação da lei, uma medida vista por muitos como uma tentativa de flexibilizar as regras de elegibilidade para políticos com antecedentes judiciais questionáveis. (Painel/Folha de S.Paulo)