Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2025
Em meio ao impasse para barrar a ida de Pedro Lucas Fernandes para o Ministério das Comunicações no lugar de Juscelino Filho, para ficar na liderança do partido na Câmara dos Deputados, o partido ainda enfrenta uma alta adesão no apoio de deputados à urgência da anistia. O cálculo é de que 50 dos 59 deputados (84%) votem a favor da proposta quando for pautada no plenário.
Até o registro do requerimento, 40 dos 59 deputados assinaram o documento. Na quarta-feira (16), o deputado Matheus Laiola (PR), mudou de ideia e pediu a inclusão da assinatura à urgência da proposta que anistia os condenados nos atos do 8 de Janeiro. Ele passa a ser o 41º a formalizar o apoio. Longe dos holofotes, outros nove deputados já sinalizaram a adesão à urgência.
A cúpula do União Brasil tende a segurar a ida de Pedro Lucas para o Ministério das Comunicações. O temor é de que a saída do deputado da liderança na Câmara rache a bancada, já que não há hoje um nome de consenso para liderar os parlamentares.
Logo após a saída de Juscelino Filho (União-MA) da pasta das Comunicações, o governo Lula anunciou que o novo titular da pasta seria o Pedro Lucas. A indicação dele partiu do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Mas o indicado adiou a decisão de assumir o Ministério para depois do feriado de Páscoa e prometeu se reunir com a bancada para tratar da nomeação.
Para o deputado e colega de partido Paulo Azi (BA), que também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o União Brasil deveria adotar total independência em relação ao governo para poder votar as pautas de acordo com princípios do partido.
“O deputado Pedro Lucas assumiu a liderança do partido há pouco tempo. Foi fruto de uma construção que não foi fácil, mas terminou como candidato de consenso e vem realizando excelente trabalho. Eu, pessoalmente, defendo que ele continue líder”, argumentou Azi.
Outros deputados do partido também defenderam a permanência de Pedro Lucas na liderança. Seja para evitar uma revolta na bancada ou por ser contra o partido aceitar cargos no governo. Um dos nomes cotados para substituir Lucas é o do deputado Mendonça Filho (PE), que é vice-líder da oposição e concorreu à liderança no início do ano. (Com informações do jornal O Globo e do InfoMoney)