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Política Partidos do Centrão só estarão com Bolsonaro até o fim do ano

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Bolsonaro insiste que se manterá na disputa e registrará a candidatura mesmo estando inelegível. (Foto: Reprodução)

Os partidos do Centrão têm pressionado Jair Bolsonaro por uma definição sobre o candidato à Presidência da República e colocam um prazo para que o ex-presidente abra caminho para outro nome: o final deste ano. Bolsonaro, contudo, insiste que se manterá na disputa e registrará a candidatura mesmo estando inelegível. Uma pesquisa feita com manifestantes bolsonaristas em Copacabana, no dia 16, mostrou que a maioria prefere o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como nome da direita.

Apesar de Tarcísio defender abertamente a sua candidatura à reeleição em São Paulo, seu vice, Felício Ramuth, diz que a política, “muitas vezes, não segue exatamente os nossos desejos”. Para ele, a conjuntura pode fazer com que o governador se torne candidato ao Planalto nas eleições de 2026, mesmo que não haja a intenção do republicano de concorrer de fato.

O vice-governador reconhece que Tarcísio é alinhado com Bolsonaro, mas defende opiniões diferentes do ex-presidente quando julga necessário. O vice-governador cita como exemplo as recentes declarações de Tarcísio sobre as urnas eletrônicas. O governador elogiou o sistema usado no Brasil e disse que elas são “referência” mundo afora, o que contrariou muitos bolsonaristas. “Assim como eu, que fui eleito três vezes por meio das urnas eletrônicas, ele confia nesse sistema”, afirmou o vice.

Ramuth disse também estar “calmo” e “alegre” por pleitearem seu lugar como candidato a vice-governador de São Paulo, numa eventual substituição na chapa da reeleição. Atualmente, há dois nomes que gostariam de concorrer ao lado de Tarcísio nas próximas eleições: o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), e o presidente nacional do próprio partido de Ramuth (e secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado), Gilberto Kassab.

“É claro que existe um cenário natural que é manter a chapa já existente, mas é natural também que outras forças políticas queiram se apresentar neste momento”, disse. “Tenho certeza que todos os nomes citados podem contribuir num futuro governo.”

Apesar de ser vice de Tarcísio, possível candidato à Presidência em 2026, Felício Ramuth afirmou não ser a favor de uma eventual saída de seu partido do governo federal.

Hoje o PSD tem três ministérios: Minas e Energia, Pesca e Aquicultura e Agricultura. Contudo, seu presidente, Gilberto Kassab, é secretário de Governo e Relações Institucionais de Tarcísio.

Ramuth destacou que há uma diferença de posicionamento entre os quadros políticos do partido marcado pela regionalidade e que o PSD é de “centro”. Enquanto a legenda possui nomes mais alinhados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Nordeste, onde o petismo possui mais força, os partidários de Sudeste e Sul são mais contemplados pela centro-direita e direita.

“Quando o próprio Kassab permanece em São Paulo, à frente de uma secretaria, isso deixa claro que o PSD paulista está mais alinhado à centro-direita”, disse o vice-governador. “Já os que apoiaram a eleição do presidente Lula ocupam hoje cargos nos ministérios – e isso é legítimo, não me causa estranheza.”

Em relação ao presidente nacional de seu partido, Ramuth avaliou que Kassab não quis chamar recentemente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de “fraco” propriamente, e, sim, que ele é um “ministro enfraquecido”, que não possui respaldo suficiente de Lula para fazer o embate dentro do PT de modo a buscar eficiência no uso de recursos públicos. “Ele expressou algo que, na verdade, se escuta nos corredores de Brasília”, afirmou.

Nesse sentido, Ramuth disse que falta a Lula uma conexão com a sociedade, fator que o petista teria “perdido”. Segundo o vice-governador, projetos como a tentativa de regulamentar o trabalho dos motoristas e entregadores por aplicativo do início do ano passado representam distanciamento e “falta de sensibilidade política”.

“Acho que o presidente Lula está preso ao passado, sem um olhar para o futuro. E isso se reflete em várias decisões do governo”, explicou Ramuth. “Soma-se a isso a prática recorrente de gastar mais do que se deve. E, aliás, com a eleição se aproximando, essa tendência só piora. Já vemos que há alguns planos sendo preparados para manter essa gastança.” (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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