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Passageira que acusou motorista de aplicativo de tentar dopá-la será denunciada por calúnia

Lote é composto por três veículos doados pelo Ministério Público Estadual. (Foto: EBC)

Quase um mês depois, o caso envolvendo em Porto Alegre a suposta tentativa de um motorista de aplicativo de transporte particular em dopar uma passageira sofreu reviravolta: a Polícia Civil gaúcha concluiu que o condutor foi alvo de falsa denúncia por parte da cliente, que será indiciada por calúnia (atribuir a alguém um ato tipificado como crime).

Conforme a titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Jeiselaure Rocha de Souza, o depoimento da denunciante apresentou diversas contradições. “Não se pode descartar a hipótese de que algum ‘gatilho’ psicológico tenha motivado a atitude por parte da denunciante – que mantém a sua versão do incidente.

Relato

A passageira procurou a Polícia no dia 26 de fevereiro, relatando ter sido alvo de uma tentativa de sedação por parte do motorista de aplicativo, durante o trajeto entre o trabalho no Centro Histórico para casa na Zona Norte.

Em determinado momento, o homem teria dito que vendia aromatizadores de ambientes, oferecendo uma amostra para que ela cheirasse, mas ela recusou. Ainda segundo ela, em seguida o interior do veículo passou a exalar um cheiro forte,vindo do sistema de ar-condicionado e que a deixou tonta. Supostamente sem poder abrir as janelas, abriu a porta e se jogou do carro em movimento em uma rua perto de casa, sofrendo ferimentos.

O problema é que a análise das imagens obtidas em câmeras de segurança da região não corroboraram o relato de que a passageira se lançou à rua com o carro. A narrativa também não bate com o laudo médico do hospital onde ela foi atendida. E os vidros do carro não estavam travados, pois são acionados manualmente no modelo utilizado pelo denunciado – que desde o início reiterou ser inocência.

(Marcello Campos)

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