“A menos que tenham visitado ou parado em qualquer outro país ou território nos 14 dias anteriores, os passageiros que chegarem desses seguintes países e territórios não precisarão se autoisolar na chegada ao Reino Unido”, disse um comunicado do governo britânico.
O Reino Unido tem cerca de 285 mil casos de Covid-19, com 44 mil mortes, menos óbitos apenas que os Estados Unidos e o Brasil. O país chegou nesta sexta-feira a 62 mil mortes por Covid-19, e mais de 1,5 milhão de infectados.
O governo de Portugal, que abriu as portas para os britânicos apesar dos números por causa do seu peso no turismo, ficou furioso por também ter sido excluído da lista — o que significa que os turistas do Reino Unido que visitarem o país terão que fazer quarentena na volta.
Em um tuíte, a Chancelaria portuguesa disse ser “absurdo que um país, o Reino Unido, com 28 vezes mais mortes do que Portugal devido à Covid-19, imponha quarentenas a passageiros de Portugal”, que registrou 42.782 casos e 1.587 mortes.
“Esperamos que essa decisão das autoridades britânicas, que nos parece profundamente injusta e errada, seja corrigida o mais rápido possível”, disse o chanceler português, Augusto Santos Silva.
A medida vem dois dias depois de a União Europeia anunciar suas próprias regras para a reabertura das fronteiras externas, que também deixarão de fora os brasileiros. Dias depois, a Suíça também divulgou uma lista com 29 países cujos viajantes terão que cumprir uma quarentena obrigatória de dez dias caso queiram entrar em solo suíço, incluindo o Brasil.
O país da Europa Central não faz parte do bloco, mas integra a chamada Zona Schengen, como é conhecida a extensa região de fronteiras internas abertas no continente europeu. Uma exceção foi Portugal, que permitirá viagens essenciais vindas do Brasil, porém com a exigência de teste para a Covid-19, no máximo 72 horas antes da partida. O resultado tem de ser negativo.