Passageiros que saem dos Estados Unidos em direção à Inglaterra não serão exceção às regras de quarentena, disse o ministro dos Transportes do Reino Unido, Grant Shapps, nesta sexta-feira (3).
Questionado se os EUA estariam em uma “lista vermelha” de países aos quais se aplicará um período de quarentena de 14 dias, Shapps disse: “Receio que estejam”.
Flexibilização
Visitantes provenientes de 59 países e territórios não terão que ficar em quarentena ao entrar no Reino Unido, a partir de 10 de julho, informou o governo britânico nesta sexta. O Brasil, no entanto, não está incluído na lista. A partir deste sábado (4), pubs, restaurantes, salões de beleza e cinemas poderão ser reabertos no país, e o distanciamento será reduzido de dois metros.
O Reino Unido tem cerca de 285 mil casos de Covid-19, com 44 mil mortes, menos óbitos apenas que os Estados Unidos e o Brasil. O país chegou nesta sexta-feira a 62 mil mortes por Covid-19, e mais de 1,5 milhão de infectados.
O governo de Portugal, que abriu as portas para os britânicos apesar dos números por causa do seu peso no turismo, ficou furioso por também ter sido excluído da lista — o que significa que os turistas do Reino Unido que visitarem o país terão que fazer quarentena na volta.
Em um tuíte, a Chancelaria portuguesa disse ser “absurdo que um país, o Reino Unido, com 28 vezes mais mortes do que Portugal devido à Covid-19, imponha quarentenas a passageiros de Portugal”, que registrou 42.782 casos e 1.587 mortes.
“Esperamos que essa decisão das autoridades britânicas, que nos parece profundamente injusta e errada, seja corrigida o mais rápido possível”, disse o chanceler português, Augusto Santos Silva.
A medida vem dois dias depois de a União Europeia anunciar suas próprias regras para a reabertura das fronteiras externas, que também deixarão de fora os brasileiros. Dias depois, a Suíça também divulgou uma lista com 29 países cujos viajantes terão que cumprir uma quarentena obrigatória de dez dias caso queiram entrar em solo suíço, incluindo o Brasil.