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Passagens dos ônibus intermunicipais da Região Metropolitana de Porto Alegre estão mais caras

O Daer esclarece que podem ocorrer novas modificações nas linhas de transporte intermunicipal conforme as mudanças no tráfego. (Foto: Divulgação)

Entrou em vigor nesta terça-feira (1º) o reajuste de 6% na tarifa do transporte intermunicipal comum da Região Metropolitana de Porto Alegre. Para as passagens dos ônibus das modalidades direto, semidireto, executivo e seletivo, o aumento é de 24,09%.

Os reajustes foram autorizados pela Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional). Segundo o órgão, as passagens não aumentavam havia dois anos.

No ano passado, o reajuste calculado em 20,74% foi subsidiado pelo governo do Estado com recursos próprios (R$ 42 milhões) e do governo federal (R$ 38 milhões), em um total de mais de R$ 80 milhões repassados às empresas de ônibus. O Executivo estadual afirmou que sustentou esse custo para que os usuários do transporte público não fossem impactados.

“O último reajuste foi em 2021, então, estamos há 24 meses sem reposição da tarifa. Temos uma política tarifária instituída pela Agergs [Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul], que é uma revisão tarifária que acontece a cada quatro anos. Essa revisão repõe todas as perdas desse período. Por isso que, no ano passado, originou um índice de 20,74%, e o que mais contribuiu foi o aumento do diesel”, destacou o superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe, ao anunciar o aumento em entrevista coletiva no dia 26 de julho.

Neste ano, após os cálculos elaborados pela Metroplan, com base em metodologia da Agergs, o aumento seria de 24,09% – esse percentual é resultado do cálculo já incorporado à tarifa atual e não repassado aos usuários mais 2,77% referentes ao reajuste devido em 2023.

Deste total de 24,09%, o Estado repassou aos passageiros somente 6%. Para os outros 18,09%, sobre os quais só haverá definição a partir de janeiro de 2024, ainda estão sendo elaborados estudos e alternativas pelo governo do Estado também no sentido de reduzir a repercussão na tarifa para os usuários.

De acordo com dados da Metroplan, entre as tarifas praticadas pelas operadoras do transporte da Região Metropolitana, que variam conforme os destinos, 40% dos usuários pagavam R$ 5,60 (a mais comum) até segunda-feira (31). Com o reajuste de 6%, o valor passou para R$ 5,95 – aumento de R$ 0,35 centavos.

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