Hoje, 19 de Novembro, é Dia da Bandeira, data que na minha época de bancos escolares era comemorada com hasteamento cívico da bandeira nacional e execução do Hino à Bandeira, cuja letra é do poeta e patriota brasileiro Olavo Bilac, patrono do alistamento militar obrigatório.
Hoje em dia, a data é solenemente ignorada por uma geração de educadores que, influenciada pela “pedagogia” de Paulo Freire, enxerga autoritarismo em tudo que lembre civismo e exaltação aos símbolos da nossa Unidade Nacional. Porque, para eles, falar de unidade é ruim. Eles preferem o conflito, a luta de classes, e não um país unido por suas diferenças culturais e sociais.
Como aparentemente as escolas não falam mais disso, trago aqui uma curiosidade relevante: A disposição das estrelas no disco azul central reflete a visão do céu do Rio de Janeiro às 20:30 de 15 de novembro de 1889, data da proclamação da República. Com o tempo, convencionou-se que cada estrela simboliza um Estado, e nessa imagem você vê qual é cada uma.
Nossa bandeira, mesmo que involuntariamente, revela perfeitamente uma das maiores distorções do regime republicano que a criou, qual seja, o péssimo funcionamento do nosso sistema federativo, onde os Estados deveriam ser iguais, mas não são.
Nesse exato momento, o Amapá, simbolizado em nossa bandeira pela estrela _Mirjan_ da constelação _Canis Majoris_ (Cão Maior), amarga quase vinte dias de escuridão, por irresponsabilidade do seu Governo Estadual, liderado pelo oposicionista PDT, e a incompetência de sua agência reguladora, a quem caberia fiscalizar os serviços públicos delegados.
Enquanto o presidente Bolsonaro é atacado como se fosse o responsável, apesar da atuação do Ministério de Minas e Energia desde o início da crise, a empresa responsável emitiu relatório alertando o governo estadual sete meses atrás sobre “possíveis problemas na prestação do serviço público” de energia elétrica por conta da pandemia e da interrupção forçada dos serviços de manutenção – forçada, diga-se de passagem, pelos governos estaduais. Que falam grosso para dizer “fique em casa”, mas não proveem sequer a luz para o cidadão permanecer nela.
O principal problema de falta de energia a ser enfrentado no país ainda é o “apagão” patriótico e federativo, e essa tem sido a batalha permanente do governo da União. Se até em nossa amada bandeira os Estados não são iguais, é urgente promover ações que reduzam as desigualdades regionais.
Esse tem sido o compromisso do governo Bolsonaro, que não abre mão de ir às mais distantes regiões do Brasil entregar melhorias e obras que estavam paradas há anos, tratando com seriedade o recurso público e trabalhando com afinco para unir o país – enquanto alguns investem insistentemente na divisão. Nosso combate contra a escuridão está apenas no começo.
Tarso Teixeira é superintendente do Incra no Rio Grande do Sul e vice-presidente da Farsul