Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2022
Mais de 1.200 pássaros estão no espaço.
Foto: Fernando Dias/SeapdrO Pavilhão dos Pequenos Animais é sempre um espetáculo à parte na Expointer. Espaço que é um atrativo, em especial, para famílias, jovens e crianças no Parque de Exposições Assis Brasil. Localizado ao lado do Pavilhão do Gado de Corte, quem transita pelo “Boulevard” logo encontra esse grande galpão climatizado, onde ficam expostos pequenos animais que participam e concorrem a prêmios na feira: aves ornamentais, galinhas, marrecos, coelhos, chinchilas, passarinhos e – em um galpão do outro lado da rua – caprinos (raças kalahari, boer e anglonubiana).
Dos 5.093 animais inscritos na 45ª edição da Expointer, 2.084 fazem parte do pavilhão (1.264 pássaros, 337 aves, 297 coelhos, 131 caprinos e 56 chinchilas). Para receber, organizar, fiscalizar, limpar e – até mesmo – premiar todo este volume de animais, a equipe de fiscais agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) é composta por onze profissionais, entre médicos veterinários e técnicos agrícolas.
“Antes de tudo iniciar nós já estamos aqui, na semana anterior, para a admissão dos animais. A gente fiscaliza a questão sanitária. Verifica se os animais não têm parasitas, se não estão com doenças infectocontagiosas. Não entra nenhum animal doente”, explica a fiscal agropecuária Renata Marques. “Esse ano, o pavilhão está lotado. Tem bastante coelhos e aves. O pessoal vai gostar de aproveitar esta Expointer”, comenta.
Um dos animais prediletos do público são os coelhos. A cadeia produtiva da cunicultura tem atraído o olhar dos produtores rurais para a rentabilidade e o crescimento do segmento. Paradoxalmente, um dos motivos foi a pandemia, que estimulou a venda de coelhos mini, como “pets”. Como é caso do criador Tiago Terra, proprietário da Cunicultura TT, de Sarandi, que faz a sua estreia na Expointer. Atuando há 14 anos, o coelhário conta com 350 animais (raças prateado champagne, Califórnia, bouscat, Nova Zelândia, entre outras).
Outro animal que também tem se destacado, principalmente pelo seu exotismo, é a chamada “galinha gótica”. O exemplar tem a coloração completamente preta: crista, bico, olhos, penas e, até mesmo, ossos e carne. Um casal de galo e galinha da espécie Ayam Cemani está em exibição no pavilhão. Na Indonésia, o animal é venerado como um amuleto de boa sorte e de saúde para seus criadores.
“‘Ayam’ significa galo e ‘Cemani’ totalmente preto. São originários da Indonésia, mais precisamente das ilhas Java e Sumatra. Essa galinha é protegida pelo povo de lá porque eles acreditam que, além de trazer cura, tem poderes mágicos. Eu não acredito nisso. Eu tenho porque sou apaixonada por aves. Crio galinhas desde os seis anos e já passei dos setenta”, se diverte Maria Helena Noschang, proprietária do Sítio Recanto Garoto, em São Sebastião do Caí.
O pavilhão, juntamente com as demais programações da Expointer 2022, segue aberto ao público até o dia 04 de setembro.