Domingo, 17 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 16 de dezembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O embate entre MDB e o União Brasil por fatias do futuro ministério teve direito a ameaça de Elmar Nascimento (União-BA) de abandonar a relatoria da PEC Fura-teto na Câmara. O deputado esperava ser ministro de Minas e Energia, indicado pelo seu próprio partido. O voo do parlamentar foi encurtado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que avisou que Lula teria outros planos: entregar a pasta ao MDB.
Só no Natal
Insatisfeito com a negativa, Elmar ameaçou deixar o posto e até a fazer mudanças que atrasariam o texto, já chamado de “PEC-Peru”.
Amigos do rei
Renan Calheiros (MDB-AL) pleiteia uma vaguinha no ministério para o filho Renan Filho (MDB-AL), senador eleito.
Queda de braço
O clã Calheiros é adversário do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está com a faca e o queijo na mão para aprovar a PEC.
Cobertor curto
Até no MDB a “cota Renan” é indigesta. A ala da Câmara quer uma vaga e já teve que engolir Simone Tebet (MS). A sigla deve ter só duas vagas.
Girão lança candidatura e divide voto bolsonarista
A candidatura de Eduardo Girão (Podemos-CE) a presidente do Senado, confirmada nesta quinta (15), foi recebida com estranhamento pelos demais senadores que apoiam o atual governo. É que a aposta do PL e dos bolsonaristas é a candidatura do ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), o preferido do Planalto. Com sua candidatura, Girão divide os votos e favorece e a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Dividiu, dançou
Está na união a chance de vitória do campo bolsonarista, segundo avaliam políticos mais experientes.
Aposta na união
O PL elegeu a maior bancada do Senado e tem chance objetiva na disputa pela presidência da Casa, mas terá de unir todas as forças.
Mostrando serviço
Para viabilizar a reeleição, Pacheco se aproximou de Lula, a quem prometeu muito. Começou entregando a aprovação da PEC Fura-Teto.
O começo do fim
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), senador eleito pelo Rio Grande do Sul, acha que o projeto escancarando de novo as estatais a políticos e à corrupção “fere de morte o ingresso do Brasil na OCDE”.
Moro na torcida
Para o senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR), se de fato o Senado não votar a mutilação da Lei das Estatais, “será uma vitória da cidadania e uma decisão acertada dos senadores”.
Assalto combinado
Durante visita que recebeu do boquirroto presidente Alberto Fernández, Lula prometeu R$ 3,7 bilhões do BNDES para bancar um gasoduto na Argentina. O BNDES negou. É que a ordem só chegará após o dia 1º.
Prioridade
Antes de encontro com líderes africanos, o governo de Joe Biden (EUA) anunciou a intenção de doar US$ 55 bilhões para a África. O valor representa cerca de 20% do que já os EUA já enviaram para a Ucrânia.
Tomando de assalto
O PT de Gleisi Hoffmann avisou que vai entregar neste fim da semana a Lula uma “lista de indicados” para o ministério do futuro governo. É o golpe final. Outros partidos, como o PSB, preparam suas próprias listas.
Vale tudo
Cortando um dobrado para aprovar a PEC Fura-teto, o deputado José Guimarães (PT-CE) apela até para adversários. Diz que a aprovação da PEC “desafoga as contas do governo Bolsonaro”.
Cominar com os russos
O deputado Cláudio Cajado (PP-BA) dá o diagnóstico do que está impedindo a PEC Fura-teto, que passou com facilidade no Senado, de avançar: faltou combinar com a Câmara.
Tô aqui
Perdendo forças após ser cotado para o Tesouro de Haddad, Felipe Salto, secretário da Fazenda de São Paulo, deu um jeito de elogiar Gabriel Galípolo e Bernardo Appy, escolhas do almejado chefe.
Pensando bem…
…a “emenda Mercadante” terá de esperar até o governo que vem.
PODER SEM PUDOR
O rei nu
Discreto e comedido, o jurista Seabra Fagundes, ministro da Justiça do presidente Café Filho, revelou os detalhes do momento em que foi convidado para o posto: os tanques do general Lott cercavam o apartamento de Café, no Posto 6, e a antessala estava cheia de líderes da UDN, quando Seabra ouve um chamado lá de dentro: “Oh! Miguel, vem cá.” Seabra descreveu a cena: “Ao entrar no quarto, deparei-me com uma cena insólita: naquele sufoco todo, Café esquecera de vestir-se. Estava simplesmente nu.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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