Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2022
Para organizadores do encontro, Ciro Gomes não é o dono do PDT e não reconhecer diferenças entre Lula e Bolsonaro é uma "tragédia para a democracia"
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPedetistas históricos vão se reunir no dia 21 deste mês para lançar uma “ação de desautorização de Ciro Gomes como dono PDT” e pregar voto “consciente” em Lula (PT) no primeiro turno.
“Faremos uma reunião na próxima quarta-feira para deixar claro que o trabalhismo histórico não considera Bolsonaro e Lula iguais”, afirmou um dos organizadores do encontro, o professor Francisco Carlos Teixeira da Silva, que foi secretário de Estado Interino e subsecretário de Estado de Educação do Governo Brizola no Rio de Janeiro.
Marina e a grandeza
“Há diferenças, e não reconhecer o fato é uma tragédia para a democracia brasileira. Marina [Silva, candidata à presidente em 2010, 2014 e 2018, que declarou apoio a Lula] deu exemplo de grandeza. Agora é a hora do PDT e dos trabalhistas assumirem uma posição clara no processo eleitoral”, diz Francisco.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, já havia contestado o movimento e reclamou da campanha pelo voto útil para o candidato Lula. “Voto útil é bom para corrida de cavalo, porque você escolhe quem vai ganhar. Para presidente, você vota no melhor no primeiro turno”, afirmou.
Armistício
Lupi também descartou o fim das hostilidades do candidato Ciro a Lula: “Armistício, só depois da guerra”. O encontro puxado pelos brizolistas será no dia 21 de setembro, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro.