Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de abril de 2022
O presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD), decidirá sobre a abertura ou não da CPI.
Foto: Pedro Gontijo/Agência SenadoO requerimento que pede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC) envolvendo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) já tem 27 nomes, o mínimo necessário para dar andamento ao pedido de abertura das investigações.
O último nome confirmado foi o do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). Ele afirmou que assinou o requerimento porque esses “são fatos de altíssimas gravidades que carecem de todos os meios investigativos”.
Com isso, o requerimento poderá ser lido no Plenário do Senado, e o presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD), decidirá sobre a abertura ou não da CPI.
As denúncias tratam de suspeitas que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro praticava beneficiamento indevido na destinação de verbas públicas do MEC, através da intermediação dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que cobrariam propina de prefeitos — conforme relatado por um deles à imprensa.
Em depoimento à Comissão de Educação do Senado na quinta-feira (7), o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, confirmou que participou de ao menos quatro agendas com esses religiosos, mas disse que não presenciou “conversas suspeitas” em nenhuma das ocasiões.
Ponte também negou que qualquer funcionário do Fundo tenha relações com os pastores ou até mesmo com os prefeitos que teriam sido beneficiados com os repasses.
Convidados para a mesma audiência, os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, acusados de tráfico de influência, enviaram ofícios informando que não compareceriam.