Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de maio de 2015
O Ministério da Saúde realiza campanhas em vários Estados contra gripe, em uma tentativa de fazer com que até o fim do programa 80% das pessoas sejam imunizadas – o equivalente a 50 milhões de pessoas. O governo sabe que atingir a meta não é simples. Em 2014, a campanha de vacinação teve de ser prolongada porque apenas 53% das pessoas pertencentes aos grupos alvos haviam tomado a vacina – o equivalente a cerca de 21,3 milhões de brasileiros.
Um dos principais motivos para a baixa adesão é a falta de conhecimento sobre a imunização. Muitos temem que, ao receber a vacina, irão contrair o vírus da gripe. O medo existe porque, após a administração da vacina, algumas pessoas apresentam alguns sintomas da gripe, como mal-estar e febre. Isso ocorre com 5% das pessoas imunizadas. Trata-se, no entanto, de uma resposta imunológica sem riscos.
É uma ação dos anticorpos do organismo ao vírus. Não é gripe. “A vacina é segura e o medo de ficar doente em decorrência da imunização é uma bobagem”, diz o infectologista Artur Timerman. “A vacina simplesmente é composta de vírus morto.”
As vacinas são fabricadas a partir do próprio agente da infecção – vírus ou bactéria. Ela pode ser produzida com o micro-organismo inativado, atenuado ou morto, como é o caso da vacina da gripe.
A vacina contra gripe é indicada principalmente para crianças, adultos com mais de 60 anos e pessoas com problemas de saúde como diabetes, doenças cardíacas e renais e pacientes que estão se submetendo à quimioterapia.
“A imunização é importante não apenas para prevenir a gripe como para evitar complicações associadas à doença, como pneumonia”, diz Timerman. O Ministério da Saúde distribuiu 54 milhões de doses que serão oferecidas pela rede pública ao grupo prioritário até o dia 22 deste mês.
Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas, ou com outras condições clínicas especiais, também precisam apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Pacientes cadastrados em programas de controle no SUS (Sistema Único de Saúde) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.