Terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
22°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Pela primeira vez, Brasil assume presidência do G20; fome e desigualdade estão no topo da agenda

Compartilhe esta notícia:

Aos diplomatas brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu orientações claras à frente da organização da administração do País no G20.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
"A pergunta que eu faço é: quando é que vamos tomar a decisão de dar um salto de qualidade? Isso é uma decisão política, não é uma decisão fiscal", disse o presidente. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Brasil assumiu nesta sexta-feira (1º), pela primeira vez, a presidência rotativa do G20, o grupo das principais economias do planeta. Integram ainda a União Europeia e a União Africana. O grupo foi criado em 1999 após a crise financeira asiática.

O G20 foi criado como um fórum para ministros das Finanças e governadores dos Banco Centrais, mas em 2008, após a crise financeira global daquele ano, ganhou a chamada Trilha de Sherpas, integrada por emissários dos chefes de Estado e governo, âmbito no qual é discutida, também, uma agenda política.

Com mandato de um ano, o objetivo do País é promover três bandeiras centrais: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável e reforma da governança global.

Aos diplomatas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu orientações claras à frente da organização de 130 reuniões que serão realizadas nas cinco regiões do País, a partir de dezembro: o Brasil, como anfitrião, deve apresentar projetos concretos com efeitos práticos na vida das pessoas. Uma das iniciativas, já pronta, é a proposta de lançar uma aliança global contra a fome.

“Na visão do Brasil, a fome deve estar no centro da agenda internacional e deveria causar indignação, como disse o presidente Lula”, diz o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros e sherpa (representante do chefe de Estado nas reuniões) brasileiro.

Atualmente, lembra Lyrio, 750 milhões de pessoas sofrem fome crônica no mundo, e 2 bilhões têm acesso irregular a alimentos. O governo Lula quer ir muito além de declarações de boa vontade. Para isso, o petista espera encerrar a presidência brasileira, no encontro presidencial de 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, com um legado à vida real das pessoas, frisa Lyrio.

O Brasil também espera que seja iniciada uma nova etapa de trabalho e convivência nos organismos multilaterais, na qual os países do Sul Global tenham mais peso e, paralelamente, recebam mais ajuda financeira para implementar programas sociais e alcançar os objetivos traçados.

“O governo brasileiro tem como eixos centrais a redução das desigualdades, a mobilização contra a mudança do clima e a transição energética dos países”, afirma o embaixador.

A agenda de trabalho que será liderada pelo Brasil durante o próximo ano inclui, ainda, uma reunião ministerial sobre empoderamento feminino. A reforma da governança global é outro dos temais centrais da presidência brasileira, que busca, explica Lyrio, reforçar organizações como as Nações Unidas, e torná-las mais eficientes.

“O G20 ganhou importância pela dificuldade de ação de outras organizações e deve ser palco para promover, por exemplo, uma reforma da ONU. As organizações multilaterais, como declarou o presidente Lula, não estão adequadas do ponto de vista da capacidade de representação e de ação. Sem uma ONU forte é mais difícil alcançar a paz”, salienta o embaixador.

As primeiras reuniões presidenciais ocorrerão em Brasília, começado no dia 11 de dezembro. Além de representantes dos países-membros, virão oito convidados especiais e 12 organismos internacionais, entre eles Fundo Monetário Internacional (FMI), e Banco Mundial.

“Este será um G20 de austeridade, porque são tempos de austeridade. Foi uma instrução do presidente Lula”, conta Carlos Villanova, coordenador nacional de logística do G20.

Num período de 12 meses, ocorrerão 30 reuniões virtuais, 25 em Brasília, 50 de grupos de trabalho em outras regiões do Brasil, 20 reuniões ministeriais e um encontro presidencial. Em fevereiro, haverá reunião de ministros da Fazenda em São Paulo, e de chanceleres no Rio.

Em paralelo aos encontros oficiais, existe, ainda, a agenda dos grupos de engajamento, que passarão de 9 para 12. São entidades da sociedade civil que orbitam em torno do G20, e cuja relação Lula quer aprofundar.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Linhas de ônibus que atendem a Zona Norte de Porto Alegre têm alterações a partir desta segunda-feira
No Centro Histórico de Porto Alegre, trecho da rua Riachuelo tem o trânsito alterado neste sábado
https://www.osul.com.br/pela-primeira-vez-brasil-assume-presidencia-do-g20-com-fome-e-desigualdade-no-topo-da-agenda/ Pela primeira vez, Brasil assume presidência do G20; fome e desigualdade estão no topo da agenda 2023-12-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar