Sábado, 26 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2022
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais da metade das crianças e dos adolescentes com idade entre 10 e 13 anos possuem um celular para uso pessoal no Brasil.
Pela primeira vez na história, o indicador alcançou mais da metade. De 2019 para 2021, o percentual nessa faixa etária que tinha um aparelho passou de 46,7% para 51,4%. O maior índice de crianças e jovens com celular foi verificado no Sul (59,4%).
Já a região Norte do País teve o menor percentual (32,9%). O resultado integra um módulo da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) sobre tecnologia da informação e comunicação.
Cabe destacar que a série histórica teve início em 2016, mas sofreu interrupção em 2020 por causa da pandemia de covid-19. Por isso, a pesquisa faz a comparação de 2021 com 2019 e constatou que o uso de celular aumentou nesse período.
A proporção de pessoas com dez anos ou mais que tinha o aparelho subiu de 81,4% para 84,4%. No começo da série, em 2016, o índice estava em 77,4%. Em 2021, o maior percentual foi registrado na faixa de 30 a 34 anos: 93,4%.
Mesmo com o aumento, a menor taxa de uso de celular é relativa aos brasileiros de 10 a 13 anos (51,4%). Na outra ponta da tabela, que compreende a população com 60 anos ou mais, a proporção com celular subiu de 66,6% em 2019 para 71,2% em 2021.
Internet pela TV
O acesso à internet pela televisão era uma realidade em 44,4% dos domicílios brasileiros em 2021, parcela bem maior que os 32,3% de 2019, enquanto o uso do streaming disparou como razão apontada para a ausência de TV por assinatura nas residências. Em 2021, 8,7% dos domicílios disseram que não tinham o serviço de TV paga porque assistiam vídeos transmitidos pela internet. A fatia está bem acima de 5,2% de 2019 e é mais de cinco vezes maior que o 1,6% registrado em 2016.
As informações são parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 2021 (Pnad TIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trabalho aborda o acesso à internet e à televisão nos domicílios e o acesso à internet.
Por causa da suspensão da coleta presencial dos dados da Pnad Contínua em 2020, em função da pandemia, a série histórica desta pesquisa foi interrompida naquele ano e foi retomada apenas em 2021. Por isso, as comparações se referem ao ano de 2019.
Em números absolutos, eram 29,147 milhões de domicílios em 2021 que acessaram a internet pela televisão. Isso significa um aumento de quase dez milhões de casas (ou 51,2%) frente aos 19,278 milhões de domicílios de 2019.
Na comparação com 2016, primeiro ano em que o dado está disponível, eram 5,6 milhões de domicílios com acesso à internet pela televisão. Esse montante correspondia a 11,7% das moradias brasileiras naquele momento. A participação do acesso à internet pela TV quase quadriplicou, portanto, entre 2016 (11,7%) e 2021 (44,4%).