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Pela primeira vez na história, a produção brasileira de petróleo alcançou 1 bilhão de barris

Segmento avançou 7,78% no ano passado, chegando a 1,018 bilhão de barris. (Foto: EBC)

A produção total de petróleo no Brasil bateu recorde em 2019 e pela primeira vez ultrapassou a marca de 1 bilhão de barris no ano. A produção exata foi 1,018 bilhão de barris, um aumento de 7,78% em relação ao volume produzido em 2018, quando foram produzidos 944,117 milhões de barris.

No mês de dezembro de 2019 a produção de petróleo foi 3,106 milhões de barris por dia (MMbbl/d), superando em 0,52% o recorde registrado no mês anterior e em 15,44% a produção de dezembro de 2018.

A produção do pré-sal em 2019 foi 633,980 milhões de barris de petróleo e 25,906 bilhões de metros cúbicos de gás natural, o que corresponde a acréscimos de, respectivamente, 21,56% e 23,27% em relação à produção de 2018, quando foram produzidos 521,543 milhões de barris de petróleo e 21,016 bilhões de metros cúbicos de gás natural.

Em dezembro, a produção do pré-sal correspondeu a 66,82% da produção nacional, totalizando 2,655 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d), sendo 2,118 MMbbl/d de petróleo e 85,4 MMm3/d de gás natural.

Em relação ao mês anterior, a produção total aumentou 2,58% e 40,62% em relação a dezembro de 2018. O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi novamente o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 1,074 MMbbl/d de petróleo e 45 MMm3/d de gás natural.

Gás natural

A produção total de gás natural em 2019 foi de 44,724 bilhões de metros cúbicos, um aumento de 9,46% em relação aos 40,857 bilhões de metros cúbicos registrados em 2018.

A produção de gás natural em dezembro também superou o recorde do mês anterior, registrando um aumento de 0,87% e alcançando a média 137,8 milhões de metros cúbicos por dia (MMm3/d). Em relação a dezembro de 2018 a variação foi 21,19%.

Venda de ações

O anúncio feito no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, da venda de ações da petrobras que estão em posse do governo, através da BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é simbólico. Segundo analistas consultados pelo jornal O Globo, trata-se de uma forma de o ministro da Economia, Paulo Guedes, autoridade máxima brasileira presente ao encontro, mostrar que o país caminha na direção da desestatização e está aberto ao investimento estrangeiro.

“No ano passado, tivemos um fluxo negativo de R$ 44,5 bilhões de estrangeiros da Bolsa em 2019, o que mostra que os players de fora ainda estão com medo de fazer contratos de longo prazo com o Brasil via ações. O anúncio da venda das ações da Petrobras que estão em posse do governo é uma sinalização da disposição de desestatizar o País e de buscar o capital estrangeiro”, analisa Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Para ele, essa escolha também dialoga com o leilão do pré-sal realizado em novembro, onde a participação de estrangeiros foi minoritária, apenas de empresas chinesas. A venda dos papéis da petrolífera pode render até R$ 23,5 bilhões aos cofres públicos. As ações da Petrobras representam 40% do total da carteira de ações da BNDESpar.

Um levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economática mostra que se a BNDESpar vendesse hoje no mercado as ações de empresas onde o banco possui mais de 5% de participação, considerando tanto papéis preferenciais quanto ordinários, seriam arrecadados R$ 87 bilhões.

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