Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Sabemos das dificuldades e burocracias enfrentadas por todos que um dia resolvem empreender no Brasil, somadas a um dos pontos cruciais para abrir um negócio, que é o recurso financeiro.
Normalmente, quando buscamos abrir uma empresa, somos obrigados a ter capital para investir, e para isso, o primeiro passo é você acreditar no potencial da sua ideia para captar recursos de terceiros ou para você mesmo aportar a quantia necessária.
Incrivelmente existe um ótimo negócio, e sem riscos, que algumas pessoas têm buscado, que é se servir da política.
Basta aprovar leis de captação de recursos, vindos dos nossos impostos, que, como em um passe de mágica, o dinheiro estará lá, beneficiando uma parcela irrisória da população. Esses montantes poderiam deixar de ser pagos por cada um de nós ou ser investidos em áreas básicas como segurança, saúde e educação. Mas, em vez disso, o dinheiro subtraído do povo é usado para bancar mordomias de políticos que, na grande maioria das vezes, não propõem nada que beneficie a sociedade. Muitos desses cidadãos, “donos do poder”, fazem de tudo para bloquear e impedir que a nossa sociedade prospere, impedindo e amarrando, principalmente, os empreendedores.
O que estamos vendo, dia após dia, são políticos aprovando valores astronômicos sem que tenham uma ideia concreta ou o que oferecer para a população.
Para que se tenha uma ideia, o orçamento do fundo partidário para 2018 está em quase 900 milhões de reais, dinheiro retirado de outras áreas, incluindo a segurança. Em relação a esta, dos 500 milhões do orçamento reservado para 2017 para treinamento e equipamento para as polícias, sobraram somente 170 milhões para 2018.
Claro que existem pessoas boas e bem-intencionadas nessa triste realidade, mas, para mudar uma cultura enraizada, leva-se muito tempo.
Será que não está na hora de a política entrar no mesmo circuito de quem quer empreender?
Fabio Steren (Consultor em segurança, empresário e associado do IEE)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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