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Pelo menos um em cada três novos desempregados no mundo neste ano será brasileiro, segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho

Em novembro de 2016, 12,1 milhões de pessoas estavam desempregadas no Brasil, conforme o IBGE (Foto: Reprodução)

A taxa mundial de desemprego deverá subir de 5,7% em 2016 para 5,8% em 2017, o que representará um aumento de 3,4 milhões no número de pessoas desempregadas, segundo relatório lançado nesta quinta-feira (12) pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). Ao todo, serão 201,1 milhões de pessoas sem emprego no planeta neste ano.

Segundo o estudo “Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo – Tendências de 2017”, de cada três novos desempregados no mundo em 2017, um será brasileiro. A OIT estima que o Brasil terá 1,2 milhão de desempregados a mais na comparação com 2016, passando de um total de 12,4 milhões para 13,6 milhões, e chegará a 13,8 milhões em 2018.

Em termos absolutos, o Brasil terá a terceira maior população de desempregados entre as maiores economias do mundo, superado apenas pela China e Índia. Na China, a OIT prevê que o número subirá de 37,3 milhões para 37,6 milhões em 2016. Já na Índia, de 17,7 milhões para 17,8 milhões.

Previsão de taxa de desemprego de 12,4%

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego está em 11,9%, índice do trimestre encerrado em novembro de 2016, com 12,1 milhões de pessoas nesta situação. A OIT projeta o índice de desemprego no Brasil neste ano em 12,4%, um ponto acima do percentual de 2016. Para 2018, a projeção também é de 12,4%.

O relatório mostra ainda que as formas vulneráveis de trabalho – como trabalhadores familiares não remunerados e trabalhadores por conta própria – devem representar mais de 42% da ocupação total, ou seja, 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo em 2017.

“O crescimento econômico segue decepcionante e é menor do que o esperado, tanto em nível quanto em grau de inclusão. Isso delineia um quadro preocupante para a economia mundial e sua capacidade de criar empregos suficientes, muito menos empregos de qualidade. A persistência de altos níveis de formas vulneráveis de emprego, associadas a uma evidente falta de avanços na qualidade dos empregos – mesmo em países onde os números agregados estão melhorando – é alarmante. Temos de garantir que os ganhos do crescimento sejam compartilhados de forma inclusiva”, afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. (AG) 

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