Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de novembro de 2023
Ministério da Saúde divulgou novo boletim epidemiológico na véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro
Foto: EBCQuase 11 mil brasileiros morreram no ano passado tendo o HIV ou a Aids como causa básica, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (30) para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids em 1º de dezembro.
Do total das 10.994 mortes registradas, os negros representam quase o dobro de brancos. Foram 61,7% mortes entre pessoas negras, sendo 47% pardos e 14,7% pretas.
Os brancos representaram 35,6% do total.
Total de casos
Foram registrados 43.403 de casos com HIV no ano passado, de acordo com o novo boletim epidemiológico divulgado pela pasta. A estimativa é que um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maior incidência é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos.
“A estatística é liderada pela região Sudeste, 203 mil; seguida do Nordeste, com 104 mil casos; Sul com 93 mil; Norte com 49 mil; e 38 mil no Centro-oeste. A maior parte são jovens, meninos negros. Precisamos diminuir a inequidade no Brasil”, disse Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde.
A questão social também tem grande impacto nas estatísticas de HIV, explica Draurio Barreira, Diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do ministério.
“Há uma queda mais acentuada entre os casos em brancos de maior escolaridade. As vulnerabilidades são determinantes da questão do HIV, como de tantas outras doenças”, afirmou durante a apresentação do boletim à imprensa.