Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2019
Pelo menos 23 pessoas morreram após quase um mês de protestos na Bolívia em razão da crise política no país, segundo o último balanço da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
O órgão classificou como grave o decreto do novo governo, divulgado no sábado (16), que autoriza os militares a controlarem os distúrbios sem que eles precisem responder penalmente por qualquer excesso.
A comissão elevou de cinco para nove o número de mortos após o confronto entre apoiadores do ex-presidente Evo Morales e forças policiais e militares ocorrido na sexta-feira (15), em Cochabamba.
O ministro da Presidência, Jerjes Justiniano, afirmou que o decreto “de nenhuma maneira representa uma licença para matar”. Segundo ele, trata-se de um “mecanismo de dissuasão” porque pretende evitar o confronto.
Morales, que está asilado no México desde terça-feira (12), renunciou ao cargo de presidente após ser pressionado pelas Forças Armadas e por protestos que questionavam a sua reeleição no pleito de 20 de outubro.