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Política Percepção sobre influência de Bolsonaro no quebra-quebra em Brasília quase triplica entre seus eleitores e cai entre lulistas

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Em termos gerais, 50% dos entrevistados pela Quaest acham que o ex-presidente teve influência no episódio

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Em termos gerais, 50% dos entrevistados pela Quaest acham que o ex-presidente teve influência no episódio. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em meio ao avanço das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado e do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso, a percepção da influência do ex-chefe do Planalto nos atos de 8 de Janeiro aumentou entre os seus eleitores.

É o que apontam os resultados da última pesquisa Genial/Quaest, divulgados na segunda-feira (6). O percentual de apoiadores de Bolsonaro que afirmam que ele teve algum envolvimento no episódio quase triplicou em relação a 2023. Já, entre os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o movimento foi o oposto: a fatia que vê a participação do ex-presidente caiu 19 pontos percentuais.

Conforme a Quaest, 37% daqueles que declararam voto em Bolsonaro em 2022 hoje reconhecem que ele exerceu influência sobre o episódio de invasão na sede dos Três Poderes. Ao longo de 2023, esse percentual permaneceu em 13%. Entre esses eleitores, porém, ainda prevalece a percepção de que o ex-presidente não teve participação no ocorrido, apesar de esse índice ter passado de 80% para 55%, no mesmo período.

Paralelamente, entre eleitores que declaram voto em Lula, o percentual daqueles que acreditam na participação de Bolsonaro nos atos antidemocráticos passou de 79% para 60%. Hoje, outros 29% negam o papel do ex-presidente no 8 de Janeiro, representando um acréscimo de 18 pontos percentuais ante os 11% de fevereiro de 2023.

Em termos gerais, 50% dos entrevistados pela Quaest acham que o ex-presidente teve influência no episódio, contra 39% que o eximem de culpa. Os novos percentuais também representam mudanças em relação ao quadro de dezembro de 2023, quando 47% acreditavam que Bolsonaro teve algum envolvimento com os atos, enquanto 43% rechaçavam a hipótese.

No entanto, já em fevereiro daquele ano, 51% acreditavam na participação do ex-mandatário, enquanto 38% negavam. CEO da Quaest, o cientista político Felipe Nunes destaca que há uma mudança de tendência: se antes as pesquisas indicavam que haveria um avanço da relativização da participação de Bolsonaro nos atos pelos brasileiros, o movimento não se confirmou. Ele também chama atenção para as variações de posição observadas nos recortes de eleitores de Lula e Bolsonaro.

“Ao longo do tempo, os eleitores moderados de Lula, que enxergam algum exagero nas acusações que Bolsonaro vem sofrendo tendem a relativizar suas posições. Ao mesmo tempo, os eleitores moderados de Bolsonaro, que enxergaram como graves as acusações contra o ex-presidente, tendem a ficar mais severos na avaliação sobre seus atos, para não se sentirem cúmplices de algo que acreditam ser errado”, avaliou Nunes em seus perfis nas redes sociais.

A Quaest fez 8.598 entrevistas entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro a ser considerada é de um ponto percentual para mais ou para menos, para um nível de confiança de 95%.

Ainda segundo a pesquisa, 86% dos brasileiros desaprovam as invasões às sedes dos Poderes em Brasília. Embora se mantenha elevado, o percentual é hoje oito pontos percentuais menor na comparação com o índice registrado um mês após as manifestações, em fevereiro de 2023, quando 94% diziam condenar os ataques aos Poderes. Em dezembro de 2023, 89% dos entrevistados indicaram reprovar os atos.

Entre os eleitores de Bolsonaro, a desaprovação da invasão da sede dos Três Poderes permanece alta, alcançando 85% dos entrevistados. O mesmo percentual foi registrado no último levantamento, realizado em dezembro de 2023, mas há uma diminuição em relação aos 90% contabilizados pelo instituto no mês seguinte ao ocorrido.

Uma tendência semelhante foi observada entre eleitores de Lula da Silva, que hoje registram 88% de reprovação ao episódio. Em dezembro de 2023, esse índice era de 94%, e em fevereiro, 97%. As informações são do portal de notícias O Globo.

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