Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

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Armando Burd Percepção tardia

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Assaltantes queriam equipamentos vindos do exterior para combater o coronavírus. (Foto: Polícia Federal/ Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Quem examina as contas desastrosas do governo do Estado precisa concordar com o Conselheiro Acácio, personagem de Eça de Queirós no livro O Primo Basílio. Famoso como frasista, Acácio dizia: “As consequências vêm sempre depois, nunca antes.”

Nas alturas

A carga tributária do Brasil é uma das mais altas do mundo. Embora a população e as empresas paguem muito aos governos, não há contrapartida adequada quanto a investimentos em educação, saúde, segurança, infraestrutura e pesquisa. Por décadas, recursos públicos foram direcionados para outros fins, que não de interesse coletivo, fora a corrupção, tão combatida mais recentemente.

Precisam despertar

Com a crise, a pretendida reforma tributária ficará para as calendas, palavra que na antiga Grécia significava prorrogação a um dia inexistente. O projeto que estava sendo elaborado não sairá do Ministério da Fazenda este ano. Caberia ao Congresso a iniciativa de propor, mesmo que fosse um remendo, para eliminar distorções flagrantes que vão atravancar a retomada da produção. Por enquanto, medidas tópicas e epidérmicas já ajudarão.

Afogados em números

Na Sexta Avenida de Nova Iorque há um placar eletrônico, criado em 1989, para registrar o valor da dívida pública do governo dos Estados Unidos. Na inauguração, era de 2 trilhões e 700 bilhões de dólares. Hoje, está em 22 trilhões de dólares.

É só copiar

O mesmo placar deveria existir em Brasília e nas principais capitais para mostrar a quanto chegou a dívida pública em nosso país, com dados do Tesouro Nacional. Chance para a população concluir se o dinheiro foi bem ou mal aplicado.

Fugindo de riscos

Declarações de improviso feitas por políticos fazem seus assessores tremerem. Há repertório suficiente para preencher almanaques. Algumas provocaram reações hilárias, outras levaram oposicionistas à ira.

Surgiu uma opção

Desde 1952, a tecnologia pôs à disposição um equipamento, acoplado às câmaras de vídeo, com o texto a ser lido. Uma alternativa para substituir o improviso. O criador do teleprompter foi o engenheiro elétrico Herbert Sehlafly, que trabalhava em estúdios de Hollywood. O primeiro a usá-lo foi Herbert Hoover, ex-presidente norte-americano, durante a convenção do Partido Republicano em Chicago, há 68 anos.

Acostumou-se

O presidente Jair Bolsonaro, depois da posse, foi aconselhado a seguir o teleprompter. No começo, resistiu um pouco, mas acabou concordando. Treinou e a cada pronunciamento melhora a forma. Quanto ao conteúdo e aos choques com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, isso é outro capítulo.

Assustador

O que mais está martelando no plano de governo de Bolsonaro: o Banco Mundial projeta queda de 5 por cento no Produto Interno Bruto do Brasil devido ao coronavírus. Se for confirmada a projeção, teremos a maior recessão do País em 120 anos.

Manter a roda da Economia parada ou movimentá-la aos poucos é o dilema no País.

Crime de amadores

Nem dólares, nem ouro, nem joias. Os assaltantes dos depósitos de cargas do Aeroporto de Congonhas, que operam com frequência, agora queriam os equipamentos mais valorizados do momento. Roubaram 15 mil testes para detecção do coronavírus e cerca de 2 milhões de itens entre máscaras, luvas, toucas, macacões, álcool gel e termômetros.

Desta vez, dez chineses, autores do roubo, revelaram que não são do ramo. A Polícia os localizou depois de investigações.

Quando vão corrigir?

No dia 21 deste mês, serão assinalados não só os 60 anos de Brasília, mas a construção de um grande fosso entre a ostentação de uma casta e a pobreza do povo que paga a conta até hoje.

Ponta de esperança

“Há sempre um momento no tempo em que uma porta se abre e deixa entrar o futuro.” (Jornalista e escritor Graham Greene)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/percepcao-tardia/ Percepção tardia 2020-04-13
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