Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de março de 2019
A ‘overdose sonora’ a que somos submetidos, voluntária ou involuntariamente, pode trazer consequências nada agradáveis à audição. Barulhos de sirenes de ambulâncias, tráfego intenso, obras em edifícios, britadeiras furando o asfalto, carros de som, TV em alto volume e música altíssima nos fones de ouvido são alguns exemplos. Até mesmo em casa estamos expostos a ruídos intensos como a televisão, rádio e aparelhos de cozinha. Tudo isso pode provocar perda auditiva ao longo do tempo
As novas gerações são as maiores vítimas dos danos auditivos em um futuro nem tão distante assim. A maioria dos jovens, já tem o hábito de ouvir, diariamente, música por meio dos fones, que conduzem o som alto diretamente ao canal auditivo, o que pode causar um mal tremendo.
São os próprios médicos e fonoaudiólogos que alertam: a juventude deve ter mais consciência quanto aos riscos do som alto e proteger a audição sob pena de ter dificuldades para ouvir antes de envelhecer ou até mesmo antes da meia-idade.
“Essa geração da tecnologia, que não larga os smartphones, dependerá mais de aparelhos de audição no futuro. Isso porque ao se expor a uma intensidade sonora acima de 80 decibéis, todos os dias, se arrisca a sofrer danos irreversíveis à audição com o passar do tempo”, alerta a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas, que ressalta, no entanto, que as consequências não são as mesmas para todos. Variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada um.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 360 milhões de pessoas sofrem de perda de audição no mundo. A médica da OMS, Regina Ungerer, defende medidas de prevenção, principalmente para quem mora em centros urbanos, por causa da exposição a ruídos acima de 80 a 90 decibéis.