Quarta-feira, 09 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2025
Motoristas de veículos que tiveram placa perdida durante o temporal desta semana em Porto Alegre devem procurar a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Populares e agentes de trânsito recolheram nas ruas alguns desses itens, que permanecem guardados na sede da empresa, à disposição dos respectivos proprietários.
O procedimento é realizado por meio da Central de Atendimento ao Cidadão 156 (opção 1) ou pelo telefone 118. Esse canal de contato vale também para quem achou alguma peça de identificação. Outra opção é deixar a placa aos cuidados de algum agente de fiscalização de trânsito ou na sede da empresa – rua João Neves da Fontoura nº 7 (bairro Azenha), das 9h às 16h.
Para que os condutores possam regularizar a situação, a EPTC não vai registrar infrações por falta de placa dianteira. É o que prevê o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em um prazo de até 72 horas após constatado o término do evento climático – no caso, as fortes chuvas que atingiram diversas cidades gaúchas entre o fim da tarde e o início da noite de segunda-feira (31), acompanhadas de vendaval e eventual queda de granizo.
De qualquer forma, quem teve placa extraviada deve fazer registrar boletim de ocorrência (B.O.) em uma Delegacia de Polícia Civil ou na plataforma delegaciaonline.rs.gov.br. Com o boletim de ocorrência, o cidadão deve procurar um Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul para pedir autorização de fabricação de nova placa.
Radar portátil
Durante a última semana de março, o radar portátil da EPTC flagrou em Porto Alegre um total de 12 condutores de veículos trafegando acima de 100 km/h, incluindo uma motocicleta a 118 km/h na avenida Ipiranga. Trata-se de quase o dobro da velocidade máxima permitida na via, que é de 60 km/h.
Trata-se de uma infração gravíssima, prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Dentre as punições estão a suspensão do direito de dirigir, além do pagamento de uma multa de R$ 880.
Outros “apressadinhos” foram registrados em diferentes pontos da capital gaúcha. Na avenida Bento Gonçalves (Zona Leste), um automóvel cruzou o equipamento da EPTC a 113 km/h, ao passo que na avenida Assis Brasil (Zona Norte), com veículo passou a 111 km/h e uma motocicleta a 109 km/h. Já na avenida Beira-Rio (que liga o Centro ao Sul da cidade), uma moto chegou a 108 km/h.
Nos próximos dias, o radar volante estará posicionado na Assis Brasil, Plínio Kroeff, Dante Ângelo Pilla, Borges de Medeiros, Padre Cacique, Diário de Notícias, Ipiranga, Salvador França, Bento Gonçalves, Dom Pedro II, Severo Dullius, Edvaldo Pereira Paiva, Juca Batista, Senador Tarso Dutra, Pereira Franco, Ernesto Neugebauer, Nilo Peçanha e Baltazar de Oliveira Garcia.
Os pontos de controle são definidos com base em estudos técnicos. Para dar maior transparência às ações de fiscalização, o mapa interativo com os locais de todos os medidores eletrônicos de velocidade (MEV) do tipo portátil (radar), Fixo Redutor (lombada eletrônica) e do tipo Fixo Controlador (pardal) estão disponíveis para consulta no portal eptctransparente.com.br.
Os locais também são informados por meio do aplicativo Waze. Os pontos aparecem com o ícone de polícia, acompanhado da descrição “radar móvel” e da informação sobre a velocidade máxima permitida na via. Além disso, a posição de cada aparelho é divulgada nos canais oficiais da prefeitura.
No período de Carnaval (28 de fevereiro a 5 de março), quase 1,6 mil dos mais de 15 mil veículos fiscalizados em Porto Alegre pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) foram flagrados em velocidades acima da máxima permitida, que é de 60 km/h na capital gaúcha. O destaque negativo foi um motociclista “voando” também a 118 km/h na avenida Borges de Medeiros.
Dados da própria EPTC mostram que os motociclistas permanecem na condição de principais vítimas do trânsito em Porto Alegre. Nos últimos cinco anos, 182 dos 421 óbitos por esse motivo na capital gaúcha tiveram como vítima piloto de veículo motorizado de duas rodas (43%).
(Marcello Campos)