Sexta-feira, 03 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, procura um interlocutor político para conduzir negociações entre Executivo e Congresso sobre a reforma tributária. Não vacilaria em indicar Germano Rigotto se estivesse no Senado ou na Câmara dos Deputados.
Para descomplicar
O embate principal da reforma tributária será entre defensores e opositores do imposto único. Em reunião realizada esta semana, o Comitê dos Secretários de Fazenda dos Estados defendeu que a reforma unifique impostos federais, estaduais e municipais.
O sistema brasileiro de arrecadação de tributos é um dos mais complexos do mundo.
Impasse
Na gestão de Luiz Fernando Pezão, o governo federal antecipou 1 bilhão e 200 milhões de reais por conta do Plano de Recuperação Fiscal. Uma das condições era a aprovação pela Assembleia Legislativa da venda da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, o que ainda não ocorreu. Os deputados, em litígio com o governador Wilson Witzel, negam-se a votar o projeto. Está feito o imbróglio.
Fonte de prejuízos
A Frente Parlamentar de Combate à Pirataria, Contrabando e ao Descaminho, da Assembleia Legislativa, será lançada dia 12 deste mês. Sob a coordenação do deputado Issur Koch, o grupo de trabalho já atua com o apoio do Comitê de Combate à Informalidade da Fecomércio.
O setor calçadista está entre as áreas mais afetadas pela pirataria. Koch lembra que o efeito perverso do cenário é que, gradativamente, eleva-se a tributação de produtos legais. Artigos sem procedência concorrem sem pagar impostos.
Atentado à saúde
Em quinto lugar na escala de artigos falsificados e contrabandeados, os óculos ilegais causam danos irreversíveis à visão e provocam a cegueira. É uma violação à saúde pública.
Entendimento amplo
O diretor executivo do Centro de Estudos do Brasil, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei, desfaz a imagem de que as relações com o presidente Donald Trump engessam nosso País. Recentemente, ele publicou artigo no Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista Chinês. Um trecho:
“O governo do presidente Jair Bolsonaro não considera as relações sino-brasileiras como uma mera relação de negócios, aludindo à importância da perspectiva tridimensional, multilateral e transregional do binômio. Esta postura contribuiu também para aplainar as reticências chinesas no que refere ao ajustamento diplomático brasileiro.”
Superlotação
O Brasil tem 1 mil e 842 funcionários em consulados e embaixadas. Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores reduziu 138 postos, sendo 84 de diplomatas e 54 para oficiais e assistentes de chancelaria. Seis embaixadas, localizadas na América Central, serão fechadas. Alguém notará diferença?
Ampliação
O porto de Rio Grande tem áreas para os setores químico, de grãos, de containers e de carga geral. Em breve, terá o da celulose. Atualmente, são exportadas 300 mil toneladas por ano. Com o novo espaço chegará a 680 toneladas.
Dinheiro jogado fora
Está se completando um ano da divulgação de levantamento realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil. O resultado mostrou que, de 2009 até a metade de 2018, estão paradas 2 mil e 555 grandes obras no País. O setor mais afetado é o da educação, com 21,3 por cento do total.
Não se leu ou ouviu algum reação ao descalabro.
Vai longe
O estudo da Associação levou em consideração apenas as obras orçadas em mais de 1 milhão e 500 mil reais. A conclusão é de que o número sobe quando juntadas as construções menores, como pequenas creches.
O que é prioritário
Aos que só pensam nos interesses de seus nichos eleitorais, a chamada política de curta duração, fica difícil entender: sem controle da dívida pública, o crescimento econômico do País ficará travado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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