Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de março de 2024
Em 2018 o petista não pôde concorrer por estar inelegível.
Foto: Agência BrasilAo ser questionado sobre as condições para que as eleições na Venezuela ocorram de maneira justa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva relembrou o pleito brasileiro de 2018, quando foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e indicou Fernando Haddad para concorrer à Presidência da República. Na oportunidade, Haddad foi derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno.
“Eu fui impedido de concorrer às eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato e disputou as eleições”, disse Lula em coletiva nesta quarta-feira (6), após encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.
Em 2018, o petista não pôde concorrer às eleições presidenciais em razão de uma decisão do TSE que o declarou inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
A resposta de Lula veio após ser questionado pelos jornalistas sobre uma declaração que havia dado poucas horas antes, comemorando a definição da data em que ocorrerão as eleições na Venezuela e fazendo menção à oposição do país vizinho. As eleições presidenciais na Venezuela serão realizadas em 28 de julho, data de aniversário de Hugo Chávez, mentor e antecessor de Nicolás Maduro, que morreu em 2013.
“Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui, nada vale”, afirmou o presidente na ocasião.
O presidente justificou, porém, que não se trata de “uma ligação entre a situação da Venezuela e do Brasil”.
“Espero que as eleições sejam as mais democráticas possível e segundo o presidente Maduro me disse, ele vai convocar todos os olheiros do mundo que quiserem assistir ao processo eleitoral na Venezuela. Além disso, o que eu posso esperar? Que haja as eleições para a gente saber se foram democráticas ou não”, complementou Lula.
A principal adversária de Nicolás Maduro, atual presidente venezuelano, María Corina Machado, líder da oposição, teve a candidatura desqualificada pelo Supremo Tribunal local em janeiro.
Corina havia vencido as primárias presidenciais da oposição venezuelana em 22 de outubro de 2023. Maduro deve concorrer à reeleição, mas ainda não está claro quem disputará na oposição.