Padrinho leal
A permanência do encrencado ministro das Comunicações, Juscelino Filho, evidencia a submissão do Planalto ao Centrão e ao padrinho político dele, o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Apesar das denúncias que o cercam – que vão de supostos desvios na Codevasf à suposta ocultação de patrimônio -, Juscelino permanece intocável no cargo. Alcolumbre se tornou imprescindível ao Governo depois que assumiu o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. As principais decisões – como indicações do presidente Lula da Silva – passam pelo colegiado. E, pelo apadrinhado e outras contrapartidas, o senador tem sido leal ao Planalto. Foi rápido ao agendar as sabatinas de Flávio Dino, indicado para o STF, e Paulo Gonet, indicado para o comando da PGR. Em tempo: Alcolumbre segurou por mais de 90 dias a sabatina do hoje ministro André Mendonça indicado por Jair Bolsonaro.
Cadê ele ?
Muitos políticos se perguntam onde está José Roberto Arruda, ex-governador do DF, ainda inelegível, após a derrota da ex-esposa Flávia Arruda para o Senado. Não se sabe se ainda tem espólio eleitoral de antes, mas está se cercando de grandes advogados – alguns ligados ao Centrão – e é professor de engenharia de uma faculdade da Asa Sul.
Passaporte apreendido
O empresário Luís Antônio Mendes, filho do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, pediu ao STJ a devolução do passaporte dele. O documento de Luisinho, como ele é conhecido, foi apreendido pela Polícia Federal na Operação Hermes II, investigação sobre contrabando de mercúrio para garimpos. A PF chegou a pedir a prisão temporária do empresário, mas o pedido foi indeferido pela Justiça.
Hattem x Judiciário
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) já conseguiu o apoio de 152 colegas ao pedido de instauração da CPI para investigar supostos abusos de autoridade praticados por membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Faltam 19 assinaturas para que a comissão seja instalada. “A democracia brasileira demanda que as cortes superiores saibam exercer a autocontenção de poder”, justifica.
Cartão corporativo
Nos últimos 11 meses, os gastos com cartão corporativo da Vice-Presidência, comandada por Geraldo Alckmin, somaram R$ 458 mil, conforme dados do Portal da Transparência. Quando comparado com o mesmo período de gestões anteriores, o valor gasto sob Michel Temer foi de R$ 511 mil e R$ 789 mil quando Hamilton Mourão chefiava a vice.
Compromisso
O deputado Danilo Forte (União-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, se comprometeu a indicar os investimentos em infraestruturas de transporte como prioridade nas diretrizes da LDO 2024. O compromisso foi feito em reunião com o diretor executivo da CNT, Bruno Batista. O deputado também recebeu o estudo “Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte: PLOA 2024”.
(Com a colaboração de Walmor Parente, Carol Purificação e Tom Camilo)