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Peso do coturno

O presidente Bolsonaro está devendo um ministério para o deputado federal Osmar Terra, na foto. (Foto: Agência Brasil)

A nomeação do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira para o comando do Exército é um recado claro da maior força militar do Brasil de que não cederá a discurso político ou caprichos ideológicos do chefe da nação. Avalizado por toda a cúpula – os outros generais veteranos foram consultados e aprovaram – Paulo Sérgio foi justamente o pivô da irritação do presidente, que motivou a troca do alto comando militar das Forças. Ele concedeu uma entrevista, há dias, na qual previa o Exército preparado para uma terceira onda do covid-19. Bolsonaro foi obrigado a ceder à escolha dos generais para o comando, para evitar a maior crise de seu Governo.

TGs

A Coluna já publicou que os mais de 300 quartéis, os chamados Tiros de Guerra, estão à disposição de governos estaduais e prefeituras para ajudar na vacinação há meses.

Dose eleitoral

Os TGs – garotada de 18 anos em serviço – sempre ajudaram municípios nas campanhas de vacinação. Desta vez não foram convocados porque prefeitos e governadores querem lucrar eleitoralmente com a vacina salvadora.

Constatação

Mundo em crise: vivemos num País em que o herói é o que apareceu na hora certa, o mártir é o que não teve tempo de fugir, e o denunciante é o que não recebeu a sua parte.

Em dívida

O presidente Bolsonaro está devendo um ministério para o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). Foi o primeiro médico político e abraçar a causa do negacionismo e defendê-lo em seu erro de apostar numa gripezinha sobre o Covid-19. Terra se reuniu com o presidente na terça-feira. Desde que foi exonerado do poderoso Ministério da Cidadania, Terra ronda o Palácio atrás de uma cargo na Esplanada.

Doria na fila

A vacina Butanvac contra o Covid-19, anunciada pelo governador de São Paulo, João Doria Jr, mantém sua posição no cenário nacional a contragosto de quem aponta que ele perde espaço na disputa presidencial com a esperada polarização Bolsonaro x Lula da Silva. Doria já é apontado como aposta para terceira via.

Não é de hoje

O presidente da República distribuiu nos primeiro e segundo escalões de todos os ministérios, autarquias e estatais oficiais de sua confiança. Criou assim uma gestão sem igual na História do Brasil. Temos hoje um governo civil, controlado por militares. Por ora, é a tática de levar para cargos importantes pessoas de confiança. E só.

Não resolve

Outra do governador Romeu Zema. Enviou à Assembleia projeto de lei antecipando os feriados de 21 de abril deste ano, de 2022 e 2023 para três dias da semana que vem. Como o brasileiro não perde a piada, nem tempo, vai folgar a data nos 3 anos.

Na cama…

Um leitor da Coluna fuçou o Portal da Transparência do Registro Civil do Brasil e constatou algo curioso. Obviamente, os óbitos cresceram de 2019 (1.265.595) para 2020 (1.454.324), com alta de 14,9% puxados pela pandemia. Mas os nascimentos no ano passado recuaram 6,3% em relação a 2019. Foram 2.602.907 novos brasileirinhos e 2.774.310 no ano de 2019.

… com o Brasil

… no ritmo que os registros de nascimentos surgem no primeiro trimestre deste ano (336.771), pode haver novo recuo em relação ao total de 2020. Em suma, o casal brasileiro está mais cauteloso quando o assunto é filho.

Culpa de quem?

De quem é a culpa pelo cenário de caos na pandemia do Covid-19 no Brasil? Para 29,4% dos entrevistados pela Paraná Pesquisas, é do presidente Jair Bolsonaro; 20% atribuem a culpa ao presidente, a governadores, ao STF e ao povo em geral. Para 73,4%, o número de mortes está maior do que o esperado.

Viés de alta

Ainda de acordo com a pesquisa, 48% temem perder alguém e 9,9% têm medo de contrair a doença. A maioria (41,5% contra 39,5%) acha que a situação vai piorar nos próximos meses. A Paraná ouviu por telefone 2.334 cidadãos de 12 a 16 de março em 196 cidades de todos os Estados e DF.

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