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Pesquisa: a queda de Lula entre os mais pobres

No geral, a queda é de 54% para 51% da aprovação do "trabalho que o presidente Lula vem fazendo". (Foto: Reprodução)

Feita entre os dias 25 e 29 de setembro, a pesquisa Quaest que avalia a aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva acende alguns sinais amarelos para o presidente.

No geral, a queda é de 54% para 51% da aprovação do “trabalho que o presidente Lula vem fazendo” e de 36% para 32% da “avaliação positiva do governo Lula”.

Mas quando se esquadrinham os números por segmentos, pode-se perceber que Lula caiu de forma mais acentuada em segmentos que normalmente estão mais satisfeitos com seu governo.

Um exemplo disso são os brasileiros que recebem até dois salários mínimos. Nesse grupo, sua aprovação caiu de 69% para 62% e a reprovação subiu de 26% para 32% em apenas dois meses. Ainda é uma aprovação alta, a maior entre todos os estratos de renda pesquisados. Mas caiu. E não caiu pouco.

Outro exemplo também pode ser notado quando o recorte é por religião. A queda de Lula entre os católicos foi bastante superior à verificada entre os evangélicos. Entre os católicos, a aprovação de Lula caiu de 60% para 54%. Entre os evangélicos, sua aprovação é muito menor, mas manteve-se praticamente estável. Era de 42% em julho; agora é de 41%.

Outro ponto da pesquisa que chama a atenção é a economia.

A despeito de números melhores nessa área, a percepção do brasileiro é outra.

Passou de 36% para 41% o percentual de brasileiros que acham que a economia piorou nos últimos 12 meses.

Mesmo com os dados oficiais mostrando que a taxa de desemprego caiu para 6,9% no segundo trimestre de 2024 — melhor resultado em um segundo trimestre em dez anos —, a população demonstra mau humor.

Mau humor e pessimismo: a expectativa do brasileiro quanto a uma melhora na economia nos próximos 12 meses caiu de 52% para 45% entre julho e setembro.

Segundo a Quaest, o total de brasileiros que acreditam que o governo Lula se sai melhor que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro caiu 13 pontos, de 51% para 38%, desde julho. Os que acham que Bolsonaro foi melhor que o petista são 33%, queda de três pontos em relação a julho. O porcentual dos que acham os dois iguais cresceu de 8% para 22%.

Economia

Para 41% dos brasileiros, a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses. Os que acham que ela melhorou somam 33%. Para outros 22%, a situação econômica ficou do mesmo jeito. Outros 4% não souberam responder.

Os que acham que o poder de compra do brasileiro é menor do que há um ano são 61%. Para 18%, esse poder aquisitivo melhorou. Outros 19% acham que o cenário é o mesmo de 2023.

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