Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de junho de 2020
Ao longo de quatro meses, serão coletadas amostras de sangue e tecidos de pacientes com a Covid-19 com os mais diversos sintomas
Foto: AEN/DivulgaçãoUm grupo de pesquisadores do Paraná iniciou um estudo inédito na América Latina para analisar as variações genéticas do Sars-CoV-2, o novo coronavírus. Um dos principais objetivos é detectar por que o vírus se desenvolve de formas diferentes em variados organismos.
Ao longo de quatro meses, serão coletadas amostras de sangue e tecidos de pacientes com a Covid-19 com os mais diversos sintomas: leves, moderados e graves. Essas amostras estão sendo obtidas de instituições de saúde dos Estados do Paraná e de São Paulo, entre elas o Laboratório Central do Estado do Paraná, em Curitiba.
“A grande pergunta é: por que alguns grupos ou alguns indivíduos estão mais propensos a desenvolver a forma grave mesmo sem estar no grupo de risco? E por que pessoas no grupo de risco muitas vezes se saem bem? Será que às vezes é um fator genético inerente a esses indivíduos que os tornam mais ou menos propensos a desenvolver a forma grave da doença? E se existem, quais são esses fatores?”, explicou o professor David Livingstone Figueiredo, presidente do Instituto para Pesquisa do Câncer.
Segundo Figueiredo há uma grande quantidade de amostras já disponíveis, e a expectativa é de que o sequenciamento completo do vírus seja realizado em torno de um a dois meses. O resultado final da pesquisa, no entanto, deve ser publicado entre o final de 2020 e início de 2021.
O estudo pode auxiliar na produção de remédios eficazes no combate ao coronavírus ou até mesmo para amenizar sintomas durante a fase de infecção.