Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2020
A FCDL-RS afirma que entende que o chegou o momento de se priorizar, imediatamente, a retomada das atividades produtivas.
Foto: ReproduçãoPesquisa realizada pela FCDL-RS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Su)l aponta o tamanho da crise que o varejo gaúcho está vivendo em função da política de isolamento social iniciada em março e somente flexibilizada, ainda que de forma parcial, há poucos dias.
A Junta Governativa da FCDL-RS, integrada pelos dirigentes Aljaci Britto, Cladimir Coppini e Marcio Farias Martins, aponta que o resultado obtido no levantamento é extremamente preocupante.
No período entre 15 de março e 15 de abril, apenas 5% dos lojistas mantiveram seus negócios plenamente abertos, enquanto 64% foram obrigados a permanecer completamente fechados todo o tempo ou na maior parte desse período.
A pesquisa mostra, também, que 67,64% dos lojistas gaúchos tiveram quedas de 50% ou mais de seu faturamento, sendo que 26% não faturou sequer um centavo nesse período.
Outro detalhe que preocupa a FCDL-RS diz respeito a queda da empregabilidade no setor, uma vez que 24,39% das empresas pesquisas efetuaram ao menos uma demissão, com a média ficando em 1,9 desligamentos por empresa que demitiu. Transpondo este padrão para o total do Rio Grande do Sul, estima-se que a política de fechamento do comércio tenha causado a demissão de cerca de 44,5 mil trabalhadores entre 15 de março e 15 de abril.
Além disso, 48,5% das empresas registraram um grau de inadimplência igual ou superior a 50% das contas a receber. Esta alta da inadimplência tende a gerar um efeito em cadeia de queda da confiabilidade das relações econômicas, cuja recuperação consiste no maior desafio para a viabilização da retomada da atividade.
Por fim, 94,61% dos lojistas pesquisados concordaram com a adoção de políticas de isolamento social para conter a disseminação da pandemia causada pela Covid-19. Entretanto, 76,35% deles opinaram que as medidas foram exageradas.
Diante desses resultados, a Junta Governativa da FCDL-RS afirma que entende que o chegou o momento de se priorizar, imediatamente, a retomada das atividades produtivas, com a responsabilidade de cada indivíduo tomar os devidos cuidados para não ser contagiado ou contagiar.
Os créditos emergenciais e os abonos liberados pelo governo federal, além de outras medidas, amenizam esse quadro sombrio, mas não solucionam a crise econômica que se abateu sobre o Brasil e o Rio Grande do Sul.
A FCDL-RS considera fundamental o apoio do governo federal na mitigação dos efeitos da inadimplência. No caso do governo gaúcho e das prefeituras municipais, municípios, a entidade espera ao menos a benevolência no sentido de adiar o vencimento dos impostos gerados a partir do mês anterior ao início das políticas de isolamento social.
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