Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2017
Pesquisa feita pelo Datafolha com 311 dos 594 parlamentares aptos a votar em uma eleição indireta aponta que 61% deles não citam espontaneamente um candidato à Presidência para o caso de saída de Michel Temer (PMDB) do cargo. Outros 15% rejeitaram falar sobre a hipótese, somando assim, 76% de parlamentares estão sem candidato à mão.
Os dados dão materialidade à avaliação majoritária entre partidos que apoiam e combatem o presidente, que está sob forte pressão após ter sido atingido pela delação dos irmãos controladores da JBS: Temer tem resistido à crise porque não existe consenso sobre quem o substituiria até a eleição do ano que vem.
Para 47% dos ouvidos, Temer deveria deixar o cargo. Dessa parcela, 36% defendem renúncia, 34% cassação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e 6%, impeachment. Já 40% dizem que o peemedebista tem de ficar.
No caso de o presidente, que era o vice de Dilma Rousseff até o impeachment da petista em 2016, cair, a Constituição determina uma eleição indireta em Colégio Eleitoral.
Entre os parlamentares ouvidos, 9% citaram de forma espontânea o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como favorito. Com 2%, surgem o ex-ministro Nelson Jobim e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, seguidos por outros nomes com 1% ou menos.
Quando apresentada uma lista de presidenciáveis indiretos, Maia seguiu à frente, com 13%. Jobim ficou com 7%, e FHC, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o senador Alvaro Dias (PV-PR) empataram com 5%.
O nome que vinha sendo defendido pelo PSDB para compor uma chapa indireta, o do senador Tasso Jereissati (CE), ficou com 4%. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Brito somaram 3%, e o prefeito paulistano, João Doria (PSDB) obteve os mesmos 2% do ministro Gilmar Mendes (STF).