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Por Redação O Sul | 23 de julho de 2020
Uma pesquisa desenvolvida por duas professoras da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) em Guaíba pode se tornar aliada na avaliação pulmonar de pacientes com doenças respiratórias, incluindo a Covid-19, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Coordenado pelas docentes do curso de Engenharia de Computação Adriane Parraga e Letícia Guimarães, o estudo iniciado em 2010 busca desenvolver um sistema inteligente e portátil de sensores que automatizam a avaliação do estado pulmonar. A ideia é construir um equipamento domiciliar que o próprio paciente possa utilizar para realizar o procedimento.
A ausculta pulmonar é o principal método utilizado para analisar o estado do sistema respiratório de um paciente, por não ser invasivo e de baixo custo. A ideia de criar um equipamento que o paciente possa manusear em sua residência permitirá a realização de atendimentos à distância, em que a própria pessoa poderá realizar o exame e encaminhar o resultado para o seu médico avaliar.
Atualmente, a equipe da pesquisa trabalha com o software do projeto, batizado de “Syslungs – o som dos pulmões”, mas já pensa na elaboração do aparelho que poderá receber o sistema. O equipamento terá um sensor que, ao ser aproximado da região pulmonar, captará os sons do pulmão e enviará as informações para um microprocessador conectado ao sensor. Assim, por meio de índices de eficiência, o aparelho apresenta ao paciente seu estado pulmonar.
De acordo com as pesquisadoras, com o alto grau de contágio do vírus que causa a Covid-19, o aparelho poderia também ser utilizado em postos de atendimento. Assim, os médicos poderiam realizar a escuta dos pulmões dos pacientes sem uma maior aproximação.
Devido à pandemia causada pelo novo coronavírus, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações lançou um edital que financiará projetos tecnológicos desenvolvidos por empresas que tenham relação com a Covid-19. Na busca de financiamento para que o projeto possa seguir adiante, o grupo de pesquisa firmou uma parceria com a start-up Way To Web Soluções Tecnológicas, fundada por estudantes do curso de Engenharia de Computação da Uergs, com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), atuando como equipe médica do projeto.
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