Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2016
Nas relações de amor entre duas pessoas, o medo pode perturbar o desejo e escravizar os amantes. Pensando nisso, uma pesquisa realizada pelo Instituto do Casal, entre os meses de setembro e outubro de 2016, mostrou uma lista de preocupações compartilhadas pelos casais brasileiros.
No topo do ranking, a aversão de ter doenças na família foi o item mais citado entre os entrevistados (52,8%). Em segundo lugar, com 36,7%, veio o medo de ficar viúvo e ocupando a terceira posição o receio de deixar de se sentir amado (34,6%).
“Foi possível perceber que os casais ainda têm muita dificuldade em falar sobre questões importantes como doenças e morte, talvez com a ilusão de que isso não os afetará ou não fará parte de suas vidas”, explica Denise Miranda Figueiredo, psicóloga e especialista em terapia de casal que participou do levantamento.
Segundo a psicóloga Ana Siqueira, uma saída para minimizar esses medos que envolvem a relação a dois é cuidar da aparência e da saúde. “Com o corpo em forma e com a saúde em dia, a autoestima melhora. Isso reflete em vários pontos da relação a dois, inclusive nas relações sexuais, com orgasmos de mais qualidade, além de mais disposição”, afirma Ana.
O objetivo do estudo – que analisou as faixas etárias: de 18 a 30 anos (6,7%), de 31 a 50 anos (69,3%) e de 51 ou mais (24%) – foi avaliar o nível de satisfação conjugal dos casais, levando em conta vários aspectos da vida a dois, como sexo, projetos em comum, lazer, diálogo e medos.
Relações sexuais caíram
Ainda conforme o estudo, mais da metade das pessoas considera que a vida sexual está ruim ou regular (55,9%). Apenas 12% disseram que as relações sexuais estão ótimas. Entre as principais queixas relatando a piora da vida sexual depois do casamento estão a rotina, a chegada dos filhos e a menor frequência do sexo.
Embora 72,3% das pessoas afirmem que se sentem à vontade para falar sobre as fantasias sexuais, um número considerável de comentários mostra que as mulheres, principalmente, consideram os parceiros “quadrados”. No ranking dos programas preferidos dos casais, viajar foi a opção mais escolhida, seguida de comer, ver filmes, fazer amor e trocar carinhos. (AG)