Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2023
Apesar da escalada de acusações formais de que tem sido alvo, o ex-presidente Donald Trump (2017-2020) lidera com folga a corrida pela candidatura do Partido Republicano à Casa Branca nas eleições de 2024. Uma pesquisa do jornal “The New York Times atribuiu ao magnata 54% das intenções de votos nas primárias da sigla.
Seu principal concorrente na disputa é Ron DeSantis, governador do Estado da Flórida e que teria apenas 17%. Nenhum outro candidato no processo de escolha interna obteve mais que 3%.
Foram entrevistados 932 potenciais eleitores das primárias republicanas entre os dias 23 e 27 de junho. A margem de erro é de 3,96 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa também mapeou quais atributos supostamente mais combinam com Trump ou DeSantis, na visão de seus adeptos. O ex-presidente é mais associado a “líder forte”, “divertido”, “gestor que resolve as coisas” e “capaz de bater Joe Biden [o atual mandatário, eleito pelo Partido Democrata]”, ao passo que seu oponente aparece como mais “gostável” e “moral”.
Investigação
Em agosto do ano passado, o FBI (espécie de Polícia Federal dos Estados Unidos) executou um mandado de busca e apreensão no resort de Mar-a-Lago, pertencente a Donald Trump. No local foram recuperadas ao menos 15 caixas com registros e documentos confidenciais da Presidência do país – e que, portanto, não deveriam estar com o ex-líder.
A medida foi o pontapé inicial para uma série de 37 investigações movidas pelo procurador especial Jack Smith contra o republicano, que usou a mansão como residência não-oficial para receber chefes de Estado e cumprir agendas oficiais ao longo do mandato.
O procurador especial Jack Smith apresentou novas acusações contra o ex-presidente na quinta-feira (27), no caso sobre os documentos confidenciais da Casa Branca encontrados em seu resort.
Trump, que já enfrenta 37 acusações criminais, foi acusado por uma retenção intencional de informações de defesa nacional e mais duas acusações de obstrução, relacionadas a supostas tentativas de deletar imagens de vigilância em Mar-a-Lago no ano passado.
Também foram apresentadas novas acusações contra o assessor de Trump, Walt Nauta, e contra o funcionário de manutenção do Mar-a-Lago, o português-americano Carlos de Oliveira. Trump e Nauta foram acusados anteriormente no mês passado e se declararam inocentes.
O lusitano foi o funcionário de manutenção que ajudou Nauta a mover as caixas com os documentos depois que o Departamento de Justiça emitiu a primeira intimação pelo caso contra Trump em maio do ano passado.