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Por Redação O Sul | 18 de abril de 2019
A desigualdade por cor e sexo diminuiu no Brasil. É o que afirma o Radar IDH-M, estudo divulgado nesta terça-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento tem base no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).
A escala utilizada foi de 0 (baixo desenvolvimento) até 1 (alto desenvolvimento). A parti dessa base, a pesquisa apontou que o IDH-M da população branca caiu de 0,819 para 0,817 de 2016 para 2017, enquanto o da população negra aumentou de 0,728 para 0,732, ainda apontando 0,085 de desigualdade entre as raças. Os brancos ganham cerca de duas vezes mais que os negros: R$ 1.144,76 contra R$ 580,79.
Apesar de apresentar alguma melhora, ele não foi de todo positivo, pois ainda demonstra grande diferença quando a análise é de renda, cenário em que mulheres e negros saem prejudicados. “Este foi um bom resultado porque mostra uma redução da desigualdade em função da cor do indivíduo. No entanto, notamos que a diferença continua muito grande”, disse o diretor de Estudos e Políticas Regionais Urbanas e Ambientais do Ipea, Aristides Monteiro Neto.
Na questão da rende entre os gêneros também diminui a diferença de 0,160 para 0,154, porque o índice de renda dos homens caiu de 0,818 para 0,814 e o das mulheres subiu de 0,658 para 0,660. De acordo com Monteiro Neto, é um “dado interessante, porém trágico”, por mostrar como o IDH-M das mulheres, apesar de “bastante superior em educação e longevidade, é pior quando relativo a renda”.
Com o cenário encontrado, os pesquisadores do Ipea orientaram ao governo que dê atenção às políticas sociais, em especial às que visam a qualidade da educação, uma vez que foram essas políticas que “atenuaram os efeitos negativos” de um período de crises econômica e internacional.
O estudo completo divulgado pelo Ipea pode ser acessado no site.