Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2025
O resultado de 49,7 pontos, queda de 3,7 em relação a novembro, interrompe a tendência de recuperação do otimismo no setor após a enchente de 2024
Foto: CNI/DivulgaçãoO ICEI-RS (Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho) sofreu um forte abalo em dezembro de 2024, de acordo com levantamento divulgado pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), nesta quinta-feira (09).
O resultado de 49,7 pontos, queda de 3,7 em relação a novembro, interrompe a tendência de recuperação do otimismo no setor após a enchente de 2024, e que chegou a atingir o maior patamar no penúltimo mês do ano passado, com 53,4. Essa foi a maior queda desde maio último, quando chegou a -6,1 pontos.
“Os resultados mostram que a piora no quadro fiscal brasileiro, com reflexos no ciclo de aperto monetário, no aumento da inflação e na instabilidade na taxa de câmbio, afetou ainda mais a percepção negativa dos empresários sobre a economia do país. Cenário que começa a influenciar na avaliação das empresas”, diz o presidente da Fiergs, Claudio Bier.
O ICEI-RS varia de zero a cem pontos, sendo que a marca de 50 divide a presença de otimismo e pessimismo. Todos os seus componentes caíram em dezembro, sobretudo os relacionados à economia. O Índice de Condições Atuais recuou de 50,9 pontos, em novembro, para 47,5, em dezembro. Passou de uma avaliação levemente positiva para uma percepção de piora nos negócios. As condições atuais da economia brasileira é o componente de pior avaliação, com o índice caindo de 43,8 pontos para 39,5.
O percentual de empresários que avaliam as condições da economia como piores aumentou de 33,1%, em novembro, para 41,6%, em dezembro. Aqueles que percebem melhora recuou de 12,3% para 6,8% no mesmo período. Para 51,6% dos empresários, não houve alterações na economia brasileira nos últimos seis meses (eram 54,5%, em novembro).
O Índice de Condições Atuais das Empresas ainda revela melhora, mas registrou forte queda, de 54,5 pontos para 51,5 entre novembro e dezembro.
Expectativas
Em relação ao Índice de Expectativas para os próximos seis meses, houve uma diminuição de 3,9 pontos entre novembro e dezembro, caindo para 50,8. Embora, ao permanecer acima de 50, mantenha-se no campo positivo, está agora bem mais próximo da marca que separa otimismo do pessimismo.
O Índice de Expectativas da Economia Brasileira caiu cinco pontos, de 46,3 para 41,3. Isso reflete o aumento no percentual de empresários pessimistas, de 26,6%, em novembro, para 39,8%, associado à redução nos otimistas, de 14,9% para 11,2%.
A maioria dos empresários, 49,1%, não espera mudança no cenário econômico doméstico nos próximos seis meses. Por fim, as expectativas em relação às próprias empresas continuam positivas, mas também ficaram menos otimistas, com recuo de 3,3 pontos ante novembro. Alcançaram 55,6 no mês de dezembro.
A pesquisa consultou 161 empresas, sendo 36 pequenas, 55 médias e 70 grandes, entre 2 e 11 de dezembro de 2024.
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