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Pesquisadores descobrem uma molécula capaz de frear o mal de Alzheimer

Estima-se que 50 milhões de pessoas sofram de algum tipo de demência, no mundo. (Foto: Reprodução)

Pesquisadores italianos descobriram uma molécula que bloqueia o desenvolvimento do mal de Alzheimer em seu estágio inicial.

O estudo foi coordenado por Raffaella Scardigli, Antonino Cattaneo e Giovanni Melli, da Fundação Ebri, e teve colaboração do Centro Nacional de Pesquisas (CNR), da Escola Normal Superior de Pisa e do Departamento de Biologia da Universidade de Roma Tre.

Publicada na revista Cell Death and Differentiation, a pesquisa aponta que o anticorpo A13 estimula o nascimento de neurônios, combatendo os problemas acarretados pelas fases precoces do mal de Alzheimer.

No estudo, ratos foram submetidos a um tratamento com essa molécula e retomaram a produção de neurônios a um nível quase normal, o que, segundo os pesquisadores, abre novas possibilidades para os pacientes.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa e hoje incurável que causa a perda progressiva de neurônios nas áreas do cérebro responsáveis pela memória, pela linguagem, pelo raciocínio e pelo reconhecimento.

Demência confundida com Alzheimer

Uma equipe internacional de cientistas descobriu que nem sempre o Alzheimer é verdadeiramente a doença.

Segundo estudo publicado na revista Brain, foi descoberto um novo tipo de demência, batizado LATE, que aparentemente é tão habitual quanto o Alzheimer em pessoas com mais de 80 anos.

Os dados dos cientistas da Universidade de Kentucky informaram que cerca de um terço dos cidadãos com mais de 85 anos apresentam a doença, que tem sintomas semelhantes ao Alzheimer, como perda da capacidade de memória e pensamento, mas afeta o cérebro de maneira mais lenta e diferente.

De acordo com o estudo, muitos pacientes podem ter recebido o diagnóstico errado. “Isso pode nos ajudar a entender por que alguns testes clínicos recentes para o tratamento do Alzheimer falharam. Os pacientes poderiam ter doenças cerebrais ligeiramente diferentes”, explicou James Pickett, da Alzheimer’s Society, no Reino Unido, ao The Telegraph.

O Alzheimer tem como principal indicativo a formação de placas de proteína amiloide e tau no cérebro, as quais são responsáveis por danificar às células cerebrais que provocam a perda de memória. No entanto, testes em pacientes diagnosticados com a doença de Late mostrou outras características, como a existência de uma proteína chamada TDP-43, que afetam partes do cérebro não relacionadas ao Alzheimer.

Os especialistas mostraram que o acúmulo dessa proteína, que agora indica a doença de Late, também afeta a memória e as habilidades da pessoa raciocinar. Apesar da nova descoberta, existe a possibilidade de alguns idosos apresentarem uma combinação das duas doenças neurodegenerativas.

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