Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2019
Pesquisadores da Universidade do Colorado e da Duke University desenvolveram uma rede neural chamada de EmoNet, que pode classificar com precisão imagens em 11 categorias emocionais. Para treinar o modelo, os pesquisadores usaram 2.187 vídeos que foram claramente classificados em 27 categorias de emoções distintas, incluindo ansiedade, surpresa e tristeza.
A equipe extraiu 137.482 quadros desses vídeos e excluiu conjuntos de uma emoção em particular que tinha menos de 1.000 amostras. Após o treinamento, a equipe usou 25.000 imagens para validar seus resultados. A conclusão é de que a inteligência artificial conseguia identificar emoções como desejo sexual, fome ou medo, mas, confusão, admiração e surpresa ainda “Bugavam” o site.
Para melhorar o programa, os pesquisadores ligaram para 18 pessoas e mediram sua atividade cerebral enquanto mostravam 112 imagens diferentes. Então eles mostraram as mesmas imagens para o EmoNet e compararam os resultados.
A equipe disse que esse tipo de aplicação pode ser muito útil para o uso em saúde mental, como terapias, tratamentos e intervenções. No entanto, não é uma garantia de que esta pesquisa possa ser proveitosa. Um estudo publicado no início deste mês – que observou e revisou mais de 1000 outros estudos – afirmou que o reconhecimento emocional da Inteligência Artificial não é confiável.
Medo de robôs
Em sua segunda edição, um estudo realizado pela empresa americana 3M revelou que o medo de robôs tomarem o emprego dos humanos é uma das principais preocupações em relação aos avanços da sociedade no campo científico, principalmente em relação à inteligência artificial.
Com entrevistas com 14 mil pessoas de 14 países, o Índice Anual do Estado da Ciência mostra que 62% dos entrevistados disseram sentir medo do avanço dos robôs no ambiente de trabalho. Além disso, 52% dos entrevistados, um carro comum seria preferível em relação a um automóvel autônomo, enquanto um percentual de 71% optaria por um assistente pessoal humano em relação a um virtual.
O medo de perder o emprego para um funcionário munido de inteligência artificial também contribuiu para que 63% dos brasileiros se arrependessem de não terem seguido uma carreira na área de ciência ou tecnologia, como uma formação em matemática ou engenharia, por exemplo.
Apesar dos receios, o brasileiro está mais ciente em relação aos temas ligados com ciência e tecnologia. O percentual de pessoas que disseram “não saber nada sobre ciência” caiu de 22% para 18% entre 2018 e 2019. Já o percentual de entrevistados que considerava a ciência “entediante” também reduziu, passando de 26% para 19%.