As pessoas com maior escolaridade e maior rendimento domiciliar per capita são as que mais fazem testes para saber se estão infectadas pelo novo coronavírus, indica o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) divulgados nesta terça-feira (1º) mostram que pessoas com ensino superior completo ou pós-graduação responderam por 25% dos testes enquanto as que estão no grupo sem instrução/até ensino fundamental representaram apenas 6,6%.
Já em relação ao rendimento domiciliar per capita, o maior o percentual de pessoas que realizaram algum teste para Covid-19 está entre as pessoas pertencentes ao décimo mais elevado, chegando a 24,6%. No primeiro décimo, o dado ficou em 6,1%.
Até outubro, 25,7 milhões de pessoas fizeram algum tipo de teste para detectar uma possível infecção pelo novo coronavírus no Brasil e 22,4% (ou 5,7 milhões) delas testaram positivo.
Esse número de pessoas testadas equivale a cerca de 12,1% da população brasileira. Até setembro, 21,9 milhões de pessoas tinham feito algum teste de diagnóstico de Covid-19, o que equivalia a 10,4% da população do país.
Além disso, a pesquisa Pnad indicou que praticamente não houve diferença no percentual de homens e de mulheres que fizeram algum teste, 11,8% e 12,4%, respectivamente.
Já em relação aos grupos de idade, o maior percentual foi entre as pessoas de 30 a 59 anos de idade (16,5%), seguido pelo grupo de 20 a 29 anos (14,2%). As pessoas com mais de 60 anos, que estão no grupo de risco para o novo coronavírus, representam 10,9% dos que foram testados no Brasil.
O maior percentual de testes realizados foi do Distrito Federal (23,9%), seguido por Piauí (19,1%) e Goiás (18,9%). Os menores foram em Pernambuco, Acre (7,9% em ambos) e Minas Gerais (9,3%).
Tipo de testes
A pesquisa do IBGE também indica que o tipo de teste mais aplicado no Brasil foi o PCR, por meio de amostras de swab de nariz ou garganta: 10,7 milhões de pessoas fizeram esse tipo de teste, dos quais 26,7% testaram positivo.
Depois, aparecem os testes rápido com coleta de sangue através do furo no dedo, adotado por 11,4 milhões de pessoas, das quais 17,3 testaram positivo. Já o teste com coleta de sangue através da veia no braço foi a escolha de 7,4 milhões de pessoas, das quais 25,2% tiveram a infecção por Covid-19 confirmada.