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Pessoas estariam usando as redes sociais para impedir as vítimas de golpe milionário a denunciarem

Suspeitos de golpe milionário vão continuar presos por tempo indeterminado. (Foto: Reprodução)

Pessoas supostamente ligadas ao grupo preso por suspeita de aplicar um golpe milionário em diversas pessoas no país estariam usando as redes sociais para tentar impedir que as vítimas não façam a denúncia. Depois da Operação Ouro de Ofir, deflagrada na terça-feira passada, a PF (Polícia Federal) disponibilizou um formulário no próprio site.

“Pessoal, preste atenção, não é para passar nada para a Polícia Federal, nem comprovante, nem áudio, nem nada. A Polícia Federal está junto com o presidente da República. O que eles querem é que vocês entreguem isso mesmo, aí acabou”, disse uma pessoa em um dos grupos de aplicativo de mensagens.

Em nota, a Polícia Federal informou que as pessoas que estariam usando as redes sociais para tentar impedir que as vítimas de denunciarem serão investigadas e que novos pedidos de prisões poderão ocorrer.

Os três presos durante a operação tiveram a prisão preventiva convertida para temporária, agora ele não tem prazo para deixar o presídio. A decisão foi baseada na denúncia da polícia que mesmo com a prisão dos líderes, o golpe continua em andamento.

Os suspeitos vão responder por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documentos.

O esquema

O grupo atuava como instituição financeira clandestina, cooptando valores normalmente acima de 1 mil reais de investidores, com a promessa de recebimentos milionários. Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%.

 De acordo com a Polícia Federal , o grupo dizia ao investidor alvo haver uma mina de ouro já explorada e que os valores referentes às comissões de venda estavam sendo repatriados, vendidos e até mesmo doados a terceiros.
O grupo também prometia quantias milionárias com liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN. Tudo isso mediante pagamento prévio e sem a confirmação, de fato, de que o título existia.

Conforme a PF, os alvos da operação Ouro de Ofir, faziam contrato com o investidor. Papéis estes que não possuem lastro ou objeto jurídico plausível: os nomes eram Operação SAP e Aumetal. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas

Entre os suspeitos de integrar o grupo estão advogados, consultores e servidores da Justiça.

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