Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2018
Petistas já têm traçado um plano de contingência para eventual expedição do mandado de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção é garantir que Lula esteja cercado de amigos e apoiadores caso o juiz Sérgio Moro determine sua prisão.
A orientação, segundo petistas, não é opor resistência ao cumprimento do mandado de prisão, mas evitar que Lula esteja sozinho no momento de sua consumação. Aliados de Lula afirmaram que o ex-presidente está preocupado com o risco de confrontos, e ameaça até se apresentar ao menor sinal de truculência.
Militantes fizeram nesta terça-feira (3) uma vigília diante do prédio onde Lula vive, em São Bernardo do Campo. Nesta quarta-feira (4), data do julgamento do pedido de habeas corpus do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal), haverá uma concentração às portas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, também em São Bernardo do Campo.
É lá que Lula deverá assistir ao julgamento do STF. Os ministros do STF analisarão um habeas corpus apresentado pela defesa de Lula para que eventual decretação de prisão só possa ocorrer após esgotados todos os recursos legais disponíveis.
“Esperamos que a Constituição seja respeitada. Todo cidadão tem o direito de aguardar em liberdade até a conclusão de seu processo”, disse o coordenador do PT do Grande ABC, Carlos Grana.
Lula foi condenado em primeira e segunda instâncias. Mas ainda restam apelações aos tribunais superiores: STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF.
Em 2016, em um placar apertado, o STF entendeu como possível a prisão após condenação em segunda instância. Esse tema volta a ser discutido nesta quarta-feira (4).
Chuva
A chuva no início da tarde desta terça esfriou os ânimos e dispersou manifestantes de ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por volta das 14h militantes do PT, da CUT, do MTST e outros grupos sociais iniciaram manifestação em frente ao prédio em que mora o petista em São Bernardo do Campo, na região do ABC.
A chuva iniciada pouco depois, com poucos momentos de trégua, acabou por arrefecer os gritos de Lula presidente, os movimentos das bandeiras vermelhas e os batuques de tambor.
Por volta das 16h, mais da metade dos manifestantes já havia deixado o local. Os que permaneceram disseram que ficariam em frente ao prédio até o fim do dia. Segundo a organização, o ato teve início com 200 participantes.
Tentando evitar a dispersão do público, membros da CUT distribuíram capas de chuva. A capa, porém, era azul, cor associada ao PSDB, o que gerou piadas no local.
“Prefiro tomar chuva a me vestir como tucano”, gritavam alguns. O ato defendia que Lula permaneça em liberdade e seja candidato nas eleições presidenciais de outubro.