Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 15 de janeiro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Um dos maiores anunciantes do Brasil, sob comando do governo federal, a estatal Petrobras cortou drasticamente a verba publicitária no primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro. Corte chegou a 90%. Até julho de 2019 foram gastos R$ 8,5 milhões com propaganda em TV, revistas, jornais, rádio, internet, cinema, mídia externa e produção. Em 2018, por exemplo, o valor foi de R$ 122,4 milhões, 14 vezes maior.
Queda vertiginosa
Em 2014, ano de reeleição de Dilma e primeiro da Lava-Jato, a farra da Petrobras com propaganda chegou a absurdos R$ 296,8 milhões.
Progressão
O governo Michel Temer já havia reduzido a verba de R$ 259,3 milhões em 2015 para R$ 143 milhões em 2016 e R$ 170 milhões em 2017.
Eletrobras reduziu
A estatal Eletrobras também reduziu gastos com publicidade, mas não muito: saiu de R$ 2,96 milhões em 2018 para R$ 2,3 milhões em 2019.
Sob nova direção
Através da assessoria, a Petrobras não deu maiores explicações. Atribuiu a redução à “política da empresa”, sob novo comando.
Importar não reduz preço de etanol, mas continua
A política predatória de importar álcool americano com imposto zero nunca reduziu preços ao consumidor, mas a prática predatória continua autorizada pelo governo. As importadoras de etanol são as “rainhas distribuidoras” de combustíveis, cujo lobby impôs essa prática durante o governo Dilma (PT) e, poderosas, conseguiram que o governo Bolsonaro a mantivesse. Elas importam etanol quando a produção do Nordeste está no auge e a do Sudeste suspensa pela entressafra.
Perderam a vergonha
Com sua ganância ilimitada, as distribuidoras/atravessadoras querem controlar todo o fornecimento aos postos. E perderam a vergonha.
Perderam o pudor
Distribuidoras usam importações para fechar preços com lucros siderais. Não fazem mais cerimônia com o equilíbrio do mercado.
Aumento criminoso
O Brasil importa por ano 600 milhões de litros de etanol americano, mas a distribuidoras querem aumentar para 750 milhões de litros.
Caluniar agora pode
Juiz de Brasília livrou a cara do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, consagrando que no Brasil já não é crime de calúnia acusar de “chefe de quadrilha” um homem decente como o ministro Sérgio Moro.
Que vergonha
O secretário paulista de Agricultura, Gustavo Junqueira, está com os distribuidores de combustíveis, os que atuam como atravessadores encarecendo os preços finais, e não abre: ele é contra a venda direta.
Deboche socialista
Graças ao generoso STJ o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho está solto. É acusado de chefiar “organização criminosa bilionária”, mas o PSB o protege, em vez de abrir o devido processo de expulsão.
Pura ficção
A documentarista riquinha diz no filme indicado ao Oscar, entre outras lorotas, que Dilma caiu porque os bancos não queriam reduzir os juros. Dilma adorava banqueiros. Quis Luiz Trabuco (Bradesco) no Ministério da Fazenda. Ele recusou, ela nomeou Joaquim Levy, diretor do banco.
Dupla enganação
Assim como o “coaching profissional” é aquele sujeito que não arruma emprego, apareceram no mercado os “coaching políticos”, que nunca se elegeram nada, mas juram que sem eles não há vitória possível.
Navio é mais rápido
A Secom do Planalto explica que a comitiva do vice Hamilton Mourão, de 40 pessoas, não permitia que todos fossem de helicóptero da base chilena, na Antártida, à base Comandante Ferraz. Seriam 7 voos de 40 minutos. De navio, apesar de 3 horas de viagem, será mais rápido.
Pedro Simon, 90
Os 90 anos do ex-senador Pedro Simon (RS), dia 31, serão marcados por um ato em 1º de fevereiro, na cidade de Capão da Canoa, onde o MDB lembrará 15 fatos protagonizados por ele durante a vida pública.
Dinheiro suado
O controle da inflação também decorre das mudanças de hábitos do brasileiro, que passou a valorizar mais o dinheiro. Segundo a CNI, 71% dos consumidores aguardam feirões para comprar itens de maior valor.
Pensando bem…
… Bolsonaro passou quatro dias descansando no Guarujá, mas não foi em grande estilo, num tríplex, por exemplo.
PODER SEM PUDOR
Militar cumpre ordens
Na campanha presidencial de 1950, o ex-ditador Getúlio Vargas acabaria eleito. O País estava intranquilo e prosperavam os boatos sobre a insatisfação dos militares com o seu retorno ao poder. Filha de assessora de Getúlio, Alzirinha Vargas estava preocupada e quis saber sobre o futuro de tudo aquilo. “Papai, o que farão as Forças Armadas?” A resposta continha uma dose de sabedoria: “Farão continência, minha filha, farão continência…”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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